Banda larga móvel tem quase tantos acessos quanto o 2G no Brasil

Mantendo o ritmo dos últimos meses, o Brasil continua avançando na tendência de diminuição da base 2G, que migra para a banda larga, principalmente o 3G. De acordo com relatório da Anatel publicado nesta quinta-feira, 28, referente ao mês de julho, o País agora conta com menos da metade de acessos de segunda geração (48,54%, contra 50,1% no mês anterior) – sem contar módulos M2M.

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Isso ainda não significa que a base 3G já seja maior. Em julho, a proporção dessas conexões era de 44,38%, aumento de 1,14 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior. O share de 4G ainda é irrelevante (1,33%, 0,24 p.p. acima), enquanto o de modems diminui (de 2,45% para 2,41%). De fato, os números mostram a migração do 2G para o 3G: foram 4,066 milhões de desconexões (recuo de 3,03%) de linhas de segunda geração no período, ao passo que quase a mesma quantidade (4,096 milhões, aumento de 3,34%) de novos acessos foi de WCDMA. No total, são 122,570 milhões de linhas 3G e 134,052 milhões de acessos 2G.

No entanto, somados todos os acessos de terceira e quarta geração (incluindo modems e tablets), a banda larga móvel conta com um share de 48,12% (aumento de 1,52 p.p.), o que significa que está praticamente empatado em participação na comparação com o 2G. Os terminais M2M em 2G responderiam pelos 3,34% restantes. Mantendo o ritmo, já no próximo mês o País terá maioria de acessos móveis de banda larga, ainda que a terceira geração precise de mais tempo (cerca de dois meses) para se tornar a tecnologia dominante. No total, havia em julho 132,893 milhões de acessos de banda larga móvel.

Considerando somente os acessos por meio de handsets (3G somados ao 4G), a proporção do mercado brasileiro é de 45,72%. Em junho, essa relação era de 44,16%. O ritmo maior do que o total da banda larga se explica pelas desconexões nos acessos de dados e terminais (0,05 p.p. na participação), tendência também contínua nos últimos meses. No total, eram 126,246 milhões de linhas de banda larga por handsets, mercado dominado pela Claro, com 34,4%, e com o segundo lugar virtualmente empatado entre TIM (25,7%) e Vivo (25%); seguidos pela Oi em quarto, com 13,6%.

O mercado de LTE teve um crescimento típico de 11,04% (405,6 mil), em linha com os últimos meses. No total, o Brasil tem 3,676 milhões de acessos 4G, ainda com a Vivo na liderança (39,1%), seguida de TIM (30%), Claro (20%) e Oi (9,9%). A Nextel, que só possui acessos de quarta geração no Rio de Janeiro (na faixa de 1,8 GHz), aumentou 74,81% no mês e agora tem 38,4 mil conexões, que já são 1% do total brasileiro.

Recuo constante

Pelo sétimo mês seguido, a base de terminais de dados (modems e tablets) encolheu no País. Foi também o maior recuo do ano, queda de 1,44% (95,5 mil desconexões) – destaque para a Vivo, que sofreu uma redução de 54,4 mil acessos entre junho e julho. Das quatro maiores, a única a adicionar acessos foi a Claro (8.468 linhas).

O restante da base é composto por acessos máquina-a-máquina (M2M), que representam 3,33% do total no Brasil, 0,03 p.p. acima de junho. Com a regulamentação da desoneração no Fistel, é possível que essa base cresça em um ritmo muito mais acelerado até o final do ano. Ao todo, o País contava em julho com 9,207 milhões de acessos M2M.

O Brasil encerrou julho com uma base total de 276,153 milhões de acessos, um crescimento de 0,16% (446,2 mil) em relação ao mês anterior.

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