Parceria público-privada se torna complemento na conexão de escolas

No seminário Educação Conectada, que aconteceu nesta última quarta-feira, 27, foram apresentadas algumas experiências de parcerias entre o setor público e privado para projetos de conectividade nas escolas que apontam caminhos para solucionar novos desafios.

Milene Franco Pereira, diretora de relações institucionais da Qualcomm, apresentou a Qualcomm Wireless Reach, uma iniciativa que a empresa está desenvolvendo em parceria com a prefeitura de Goiânia – e que consiste na disponibilidade de equipamentos para estudantes e professores terem acesso à Internet móvel também fora do ambiente escolar, através do sim card embutido.

"O projeto é desenvolvido em Goiânia, e é construído em conjunto com a secretaria pedagógica e técnica da Seduc de Goiânia. Alguns dos alunos nunca tinham tido contato com computador", disse Milene Franco, no evento, que foi organizado pelo TELETIME.

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Milene Pereira disse ainda que agora, o projeto caminha para uma fase que deve contemplar óculos de realidade virtual na área educacional. "Já estão de posse com a secretaria, para que os alunos os utilizem. Também fazemos a gestão dos conteúdos dos dispositivos disponibilizados por meio de uma plataforma, que permite fazer uma escolha de uso. Você tem como personalizar, como configurar os interesses. Assim como, o que o computador pode acessar", disse Franco.

Rio Grande do Norte

Outra experiência de parceria pública e privada foi apresentada no evento por Josenildo Gomes de Oliveira Souza, Coordenador de Inovação e Tecnologias Educacionais da Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte.

Ele explicou que a secretaria fez uma parceria com o provedor Interjato, o que possibilitou conectar 100% das escolas do estado. "A Interjato fez parceria com Huawei, o que facilitou a instalação dos equipamentos", disse. Mas, mesmo com a totalidade das escolas conectadas, Josenildo Souza disse que o desafio que aparecido para o governo é a falta de uma equipe de TI para fazer a manutenção das escolas, na solução de problemas técnicos diários.

Outra parceria da secretaria de educação é com a Megaedu. Segundo Josenildo Souza, a ideia é que a organização faça um mapeamento da qualidade da banda larga oferecida nas escolas. "Queremos saber como se todos os ambientes da escola estão conectados. Por isso, estamos com esta parceria para fazer este diagnóstico", disse Josenildo Souza.

Parcerias

O CTO de Governo e Transformação Digital da Huawei, Ricardo Mansano, destacou que a empresa chinesa tem investido em ofertar recursos de interação para a educação, independente da tecnologia empregada no acesso.

"Nós entendemos que em muitos casos, o uso da fibra vai ser mais viável. Independente da tecnologia que será utilizada, precisamos saber para onde essa tecnologia levará as pessoas no futuro. A infraestrutura é a rodovia. Mas, temos que parar para pensar que tipo de interatividade será usada nessa rodovia, e de como isso impactará na educação", afirmou. Segundo Mansano, o programa de telas inteligentes que a Huawei desenvolve já tem facilitado o uso interativo entre alunos e professores com segurança.

A Rede Nacional de Pesquisa (RNP), por sua vez, tem apostado em oferecer em suas ações um serviço que facilite a relação entre professores, alunos e a entidade na solução de problemas, segundo Andrei Amaral, gerente de projeto da entidade. "Dada a heterogeneidade que existe nas escolas, notamos que muitos diretores nem sabem quem procurar quando há algum problema na escola relacionado a tecnologia. Nós fornecemos isso. Na RNP, fizemos um ponto de contato, em nível 1, que gera um protocolo e aquele problema é acompanhado em diversos aspectos até sua solução".

Já para Sérgio Chaves, diretor comercial na Hispasat, nas ações de conectividade nas escolas há uma falta de treinamento dos professores e alunos. Por isso, a empresa tem desenvolvido um sistema para que permitir que os professores façam esse processo de gerenciamento de alunos, orientando na forma de usar os dispositivos. "A gente está numa mudança de paradigmas. Hoje, o futuro está no fornecimento de soluções. Estamos querendo desenvolver na empresa uma cultura de serviços", afirmou.

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