O movimento das empresas de telecomunicações rumo às empresas de TV por assinatura, especialmente o movimento recente da Telefônica sobre a TVA, voltou a animar o mercado de programadores (os internacionais e nacionais não ligados ao grupo Globo), que andava meio desanimado depois que a Net Serviços comprou a Vivax. A expectativa é que as teles promovam o crescimento das operações que estão sendo adquiridas.
No caso da Vivax, a frustração se dava mais pelo fato de que as negociações de programação serão agora conduzidas pela Net Brasil, fortemente ligada à Globosat, do que por qualquer outra razão.
Ainda não se sabe como a Telefônica vai se comportar na questão da programação, mas é forte a expectativa de que ela se alinhe aos operadores hoje chamados de "independentes", acolhidos sob o guarda-chuva do grupo de compras/associação NeoTV. Se isso não acontecer e a TVA se afastar da Neo, os demais operadores temem perder a capacidade de compra em grande quantidade, já que a Vivax, outro importante operador hoje ligado à associação, deve deixá-la tão logo a fusão com a Net Serviços seja aprovada. A avaliação dos operadores ligados à NeoTV é que seria um movimento importante da Telefônica se aproximar da associação caso queira sinalizar que não tem a intenção de ser monopolista. Mas esta é uma expectativa que trás embutida, é claro, uma forte carga de auto-preservação.
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