Uma situação ainda a ser desenvolvida é a da ABTA, associação que representa operadores e programadores de TV por assinatura, diante do acordo entre TVA e Telefônica anunciado este final de semana. Segundo Alexandre Annenberg, diretor executivo da associação, ainda não houve uma reunião de toda a diretoria e do conselho da ABTA para deliberar uma posição oficial sobre o fato. Uma próxima reunião do conselho acontece no começo de novembro. Mas ele ressalta o fato de que a TVA e a Telefônica, ao tomarem o cuidado de manter os percentuais das participações da tele dentro de limites estabelecidos em lei e contratos de concessão, evitou conflito com a posição manifestada pela ABTA junto à Anatel no caso da compra da WayTV pela Telemar. ?Existem regras que colocam limites. Se estas regras são respeitadas, não há o que se questionar?, disse Annenberg. Ele ressalta que é positivo para a indústria o interesse do setor de telecomunicações sobre a TV por assinatura, e que isso só reforça a constatação de que o caminho das parcerias entre os setores é o mais adequado. Perguntado se a ABTA poderia aceitar que as próprias teles, como Telefônica, Embratel ou Claro, entrem como associadas, Annenberg ressaltou que não existe nenhuma limitação estatutária nesse sentido, e que é uma decisão que depende da diretoria da ABTA e de uma avaliação política.
A ABTA tem ainda um problema a resolver, que é a manifestação formal enviada à Anatel contra o pedido da Telefônica para ter uma outorga de DTH. O questionamento da ABTA é muito mais concorrencial e político do que regulatório. Agora, a Telefônica tornou-se sócia de um membro da associação.
Mercado