A Surf Telecom acaba de lançar uma operação comercial nos Estados Unidos. Com recursos próprios e estrutura móvel local da rede T-Mobile, a Surf USA deve abranger todo o território do país, mas terá como foco inicial os estados da Flórida e Nova York.
Segundo Yon Moreira, CEO da Surf Telecom, a ideia de lançar um empreendimento no mercado internacional é desafiadora, mas também promissora, já que as operadoras móveis virtuais (MVNOs) representam 10% do mercado total de telecomunicações nos Estados Unidos, o que equivale a todo o mercado brasileiro do setor.
Segundo o executivo, a Surf USA conta com vantagens competitivas que tendem a diferenciar a proposta da companhia. Uma delas é a garantia da ativação do serviço em menos de um minuto, realizado pelo próprio cliente por meio do aplicativo.
"Apostamos na qualidade de nossa entrega e em nossa expertise em um país de dimensões continentais como o Brasil para alcançar o sucesso que esperamos nos Estados Unidos", afirma Moreira.
A empresa também aposta na exportação de serviços de valor agregado por meio da Surf BSS – uma plataforma de Business Support System desenvolvida com tecnologia 100% nacional. Com o recurso, a Surf USA vai oferecer suporte por telefone 24 horas por dia, em inglês, espanhol e português, que será totalmente conduzido por pessoas, na contramão do frequente uso de plataformas robotizadas.
No Brasil, a Surf atua como uma agregadora de MVNOs. A operadora reporta presença e infraestrutura de interconexão em todo território nacional e clientes em mais de 5 mil municípios, passando por parcerias como a Correios Celular, que alcançou a marca de 525 mil usuários no final do ano passado. A Surf USA espera adotar estratégia similar.
No evento de lançamento da nova operação, que aconteceu no Hotel Mandarin, em Nova York, estiveram presentes representantes da Apex e da Telebras. Juscelino Filho, ministro das Comunicações, e Carlos Baigorri, presidente da Anatel, participaram virtualmente.
Vale lembrar que, foram da seara dos negócios, a Surf também é alvo de uma disputa acionária que teve como último movimento uma decisão judicial para que a Anatel autorizasse uma mudança de controle ne companhia, como apontado por TELETIME.