Brasil Telecom quer serviço de IPTV mais abrangente

A Brasil Telecom espera mudanças no marco regulatório para poder oferecer aos clientes não apenas video-on-demand (VOD), mas também outros serviços de TV paga. A empresa, que lança a operação comercial de IPTV em setembro, quer mais flexibilidade nas regras de transmissão de conteúdo. ?Esperamos que a regulamentação sobre o assunto avance no Congresso, a exemplo do projeto de lei do deputado Paulo Teixeira (PT/SP), que propõe regulamentar o provimento de conteúdos por meios eletrônicos de forma mais abrangente", disse Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom. Para o executivo, qualquer entrave é prejudicial ao consumidor. ?Hoje, mundialmente, existem 230 operações de IPTV com o recebimento de TV em qualquer meio eletrônico. No Brasil ainda temos a distorção que reserva à TV a cabo a exclusividade dessa transmissão?, disse o executivo, que participou nesta segunda-feira, 27, do workshop ?Regulamentação das comunicações no Brasil?, promovido pela agência Dinheiro Vivo.
Como as teles já têm infra-estrutura ADSL pronta para a oferta de IPTV nas mais diversas localidades do País, o executivo não vê razões para as restrições. ?No Paraná, por exemplo, apenas 27 cidades contam com TV a cabo, enquanto 333 cidades têm banda larga?, disse.
O diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annemberg, destacou que essa defasagem se dá porque há oito anos o governo não abre licitações para TV a cabo no País, limitando a abrangência das empresas, além da limitação ao capital estrangeiro no setor. Knoepfelmacher defendeu também uma licença única para a oferta de serviços, a exemplo de diversos países da Europa.

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Mario Cesar Araujo, presidente da TIM, afirmou que o mundo caminha para o unbundling na última milha das redes incentivando serviços de operadoras competitivas. ?As redes de terceira geração também vão aumentar a oferta e conseqüentemente a competição de serviços?, afirma. A TIM, que recentemente adquiriu licença de telefonia fixa, lança esse serviço até o final do ano, mas sem abrangência nacional, em um primeiro momento. Para Araujo, o País precisa atrair investimentos, "não importa a origem", desde que preservando o conteúdo nacional.

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