A questão dos modelos para a aquisição de programação foi um dos pontos centrais do evento IPTV ? As Novas Oportunidades na Distribuição de Conteúdo, realizado nesta segunda, 27, pelas revistas TELETIME e TELA VIVA. O encontro é dedicado apenas às discussões sobre a viabilidade dos projetos de IPTV que estão sendo desenhados pelas teles.
Raul Katz, consultor da Adventis, ponderou que não acredita que os projetos de IPTV serão viáveis se foram iguais aos serviços de TV paga hoje oferecidos. Segundo sua avaliação, os modelos precisam ser mais flexíveis, com a possibilidade de que o usuário adquira apenas aquilo que interessa. A mesma avaliação foi feita por Ricardo Distler, sócios da Accenture, para quem é preciso que os serviços de IPTV incorporem novidades que hoje não estão na TV paga.
A questão é como conseguiur quebrar os modelos de compra e venda de programação hoje praticados com empresas de cabo e DTH e assim abrir caminho para maior flexibilidade comercial.
Fonseca não descartou inclusive a disponibilização de conteúdo de forma gratuita para determinadas mídias, o que traria um retorno de marca para a emissora.
A visão da MTV não é, contudo, a que se encontra junto a programadores que têm uma vasta gama de canais. Estas programadoras optam por vender pacotes, e não canais individuais. Há ainda regras de empacotamento e quantidades mínimas de assinantes. Todas estas exigências, e ainda exigências adicionais, como taxa máxima de compressão no caso das transmissões digitais, deveriam ser exigidos dos operadores de telecomunicações, dizem os operadores de TV paga. "A questão é que temos obrigações contratuais que, esperamos, serão mantidas para as teles", diz Ricardo Miranda, presidente da Sky no Brasil.