Mudança no modelo atual é complicada, diz Telefônica

O presidente da Sky, Ricardo Miranda, afirmou durante o seminário IPTV – As novas oportunidades na distribuição de conteúdo, que acontece nestas segunda e terça-feira (27 e 28), em São Paulo, que o desejo das operadoras de TV por assinatura é que o atual modelo de negócios seja mantido, caso as operadoras de telecomunicações entrem neste mercado. Sobre as promessas das teles de que oferecerão serviços personalizados e com maior controle do usuário sobre a programação, Miranda destacou que o modelo atual de empacotamento é fruto de uma negociação com as programadoras, que, na sua opinião, terão de manter esse modelo na negociação com novos players. Ou seja, as operadoras de TV paga esperam que os conteúdos sejam oferecidos aos novos players da telefonia nas mesmas condições que enfrentaram.
Sobre este ponto, Márcio Fabris, diretor de desenvolvimento de negócios residenciais da Telefonica, concordou: "Não dá para mudar a estrutura de uma indústria que já existe há vários anos".
O CEO da Sky afirmou ainda que as telcos estão "cobiçando um mercado que não cresceu", lembrando que a base de assinantes de TV está estagnada há cerca de quatro anos. E, segundo o executivo, isso não se deve à falta de concorrência no setor. "Em São Paulo, por exemplo, existem cinco operadoras de TV por assinatura (Net, TVA, DirecTV, Sky e Tecsat) disputando o mercado". Segundo Miranda, em quase dez anos de atuação no Brasil, a Sky investiu cerca de US$ 1 bilhão que ainda não se pagou. Segundo Miranda, as operadoras de telecom não precisarão montar suas redes, mas apenas fazer alguns investimentos focados no consumidor. "Para eles, TV por assinatura é um serviço de valor agregado", destacou.

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