Expansão das móveis garante alta de ações. Mercado prevê consolidação

O impacto da participação da espanhola Telefónica na Telecom Italia nas ações da Vivo e da TIM foi neutro. Nesta sexta-feira, 26, os papéis seguiram em alta, dentro do esperado, com a expectativa da divulgação dos resultados nas próximas semanas. As operadoras móveis em geral têm se beneficiado da expansão do número de assinantes em 2007 que ficou acima das previsões mais otimistas. ?O setor está bem aquecido. Previa-se que o limite da penetração da telefonia móvel seria 60% e já chegamos a 59% nesse trimestre, com grande contribuição da região Nordeste devido à melhora no poder aquisitivo. Não se esperava que o crescimento deste ano fosse superior ao de 2006?, diz Jacqueline Lison, analista do Banco Fator.
As restrições impostas à Telefónica pela Anatel para garantir a separação de operações da Vivo e da TIM mantém as duas operações competitivas. ?Não podemos esquecer que a Vivo tem a participação da Portugal Telecom, além da Telefónica, o que a torna totalmente estanque da TIM?, diz a analista do Banco Fator, Jacqueline Lison. No passado, a participação da Telecom Italia na Brasil Telecom e na TIM também não afetou a competição entre as duas companhias, lembra Alexandre Constantini, do Deutsche Bank.
No longo prazo, as perspectivas mudam de figura pois há muito espaço para consolidações tanto entre as fixas quanto móveis, incluindo a tão alardeada fusão entre a Brasil Telecom e a Oi. ?Se a legislação mudar, nada impede que a Telefónica ou a Telmex se interessem por um desses ativos também?, lembra Jacqueline. Com a Oi entrando na operação móvel em São Paulo, a BrT seria outra operadora com atuação nacional. Para ela, o passo anterior já foi dado na convergência dos serviços que já se beneficiam das brechas na legislação e que devem inaugurar um novo período de fusões, a exemplo da Oi e Way TV.

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Expansão da base

O contínuo crescimento do número de assinantes móveis tem surpreendido o mercado alinhando-se com as altas cíclicas das operadoras na Bovespa. No terceiro trimestre deste ano, as adições líquidas de assinantes totalizaram 6 milhões, ante 4,5 milhões no segundo trimestre e 4 milhões no mesmo período do ano passado.
Os analistas esperam bons resultados da Vivo no terceiro trimestre que dimimuiu seu market share com 1,1 milhão de adições líquidas. Já a TIM ampliou participação no mercado com 1,7 milhão de adições líquidas gerando menores margens. "As estratégias das duas empresas no Brasil são muito diferentes. A Vivo colocou freio na aquisição de clientes, mas ampliou rentabilidade, enquanto a TIM fez o contrário", completa Jacqueline.
Na sexta-feira, 26, a TIM ficou entre as maiores altas da Bovespa fechando a 5,59% (R$ 11,51) acima do índice do Ibovespa que fechou em alta de 3,1%.

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