A Telemar recebeu boas notícias da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em resposta a dúvidas levantadas pela operadora referentes à sua proposta de reestruturação societária, a autarquia informou que acionistas ordinaristas poderão votar na AGE com suas ações preferenciais. Além disso, a CVM informou que, caso o quorum mínimo de 50% das ações preferenciais não seja obtido nas duas primeiras convocações da assembléia, a realização da AGE em terceira convocação pode acontecer no mesmo dia marcado para a segunda convocação. Por fim, a CVM reduziu para 25% das ações preferenciais o quorum mínimo para realização da AGE na terceira convocação. ?Nessas condições, aumentou bastante a probabilidade da reestruturação da Telemar ser aprovada?, acredita Eduardo Roche, analista do banco Modal. Um relatório do Bradesco também considerou que as respostas da CVM favorecem a aprovação da reestruturação.
As ações ordinárias não terão direito a voto na AGE. A decisão está nas mãos dos preferencialistas, que precisam pôr na balança os prós e os contras. Se aprovada a reestruturação, terão sua participação acionária diluída na nova empresa. Porém, ganharão direito a voto e tag along.
De acordo com o diretor da CVM Pedro Oliva Marcílio, relator do voto na consulta da Telemar, os dez maiores acionistas da operadora concentram 49,6% das ações preferenciais. Se considerados os 15 maiores acionistas, esse percentual sobe para 56,3%. Os 50 maiores detêm 74,8% das ações preferenciais. Os maiores investidores de ações preferenciais da Telemar são estrangeiros. Há rumores no mercado de que alguns seriam contra a operação. Porém, parece que o roadshow feito pelos diretores da Telemar no exterior para divulgar a operação tem dado bons resultados. Segundo um analista entrevistado por TELETIME News, dois grandes investidores estrangeiros já não estariam mais tão insatisfeitos com a reestruturação, após as explicações dos diretores da companhia.
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