A Amazônia Celular iniciou esta semana a utilização de satélites para completar transmissões de dados de sua rede Edge. ?É a primeira vez que isso é feito no mundo?, afirma o presidente da operadora, André Almeida. A solução por satélite é utilizada como backhaul em cidades onde a fibra óptica não chega. A novidade está sendo lançada durante o festival folclórico de Parintins, cidade localizada no coração da floresta amazônica. A operadora alugou um barco com laptops para que convidados se conectem à internet sem fio através da solução que mescla Edge e satélites.
A velocidade máxima de transmissão de dados obtida na experiência é de 205 kbps. Ou seja, o uso do satélite provoca uma pequena perda em comparação com a transmissão por fibra, na qual a velocidade atinge até 300 kbps. A solução adotada pela Amazônia Celular foi desenvolvida pela Ericsson. A conexão por satélite é fornecida pela Star One. Depois de Parintins, a transmissão de Edge via satélite será expandida para outras cidades, como Macapá, Boa Vista e Santarém.
Atualmente a cobertura GSM/Edge da Amazônia Celular abrange 138 localidades, de um total de 272 onde há ERBs de sua antiga rede TDMA. Hoje, a operadora tem 1,3 milhão de assinantes, dos quais 150 mil são GSM. Todos os chips de celulares GSM vendidos pela companhia são habilitados para Edge e podem, portanto, ser inseridos em placas PCMCia para acesso em banda larga sem fio. Até o final do ano, Almeida espera alcançar a marca de 500 mil usuários GSM e ter essa tecnologia disponível em 150 localidades. A empresa investiu até o momento R$ 120 milhões em sua cobertura GSM.
Infra-estrutura