Licença única e separação estrutural são fundamentais, diz Aguiar

Na opinião de Plínio de Aguiar Jr., presidente da Anatel, há dois procedimentos paralelos que devem ser adotados imediatamente pela agência: a licença única, que dará oportunidade a uma empresa oferecer todo tipo de serviço, e a separação estrutural. ?Isso, considerado em conjunto, é muito positivo e torna mais flexível a atuação do investidor. Aliás, o que caracteriza o investidor em telecom é o médio e o longo prazo. Ele não sai do negócio no mês seguinte, e somente este tipo de providência pode dar a segurança que ele precisa", disse Aguiar, em entreviata a este noticiário.

Fusão BrT-Telemar traz riscos

Em sentido contrário à opinião já manifestada da maioria das autoridades brasileiras, em relação às possíveis mudanças no PGO de forma a permitir a fusão da Brasil Telecom e Telemar, criando uma grande operadora nacional, Plínio de Aguiar Júnior, diz que, na sua opinião pessoal, considera a mudança um risco para o Brasil. ?O País precisa saber exatamente o que ele quer antes de permitir ou até estimular este tipo de mudança. Em primeiro lugar, seria importante considerar os movimentos mundiais de consolidação das maiores operadoras. Hoje existem 30 grandes corporações, com três nos Estados Unidos, quatro na Europa, quatro no Oriente e assim por diante. A tendência é que haverá uma concentração muito mais forte que a existente?.

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Quem seria o controlador?

?Se houver 15 empresas fortes no mundo, algumas delas estarão aqui, e o importante é que haja competição no nosso mercado. Se ao mesmo tempo, o País quiser que um destes competidores gigantes tenha capital nacional, essa decisão está acima da agência. É uma decisão de caráter de governo", diz o presidente da Anatel. Para ele, os riscos estão relacionados aos investidores que controlam estas grandes operadoras. "Muitas delas têm por trás bancos que atuam em várias partes do mundo?. O conselheiro passa a descrever a composição dos investidores da Telefônica: ?Veja, os três principais são fundos americanos, sendo o mais forte o Chase Manhattan, depois o Citi, e fora dos Estados Unidos o BBV da Espanha, e há outros. Não é uma análise simples de ser feita pela agência reguladora e a decisão é um projeto de nação?.

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