'Nosso foco é cliente. Ter fibra é fetiche', argumenta CEO da Megatelecom; Obvious aposta em qualidade

Foto: Pixabay

O modelo de negócios da rede neutra já não é um assunto inédito, mas na visão da Megatelecom, é a estratégia que permite focar mais no cliente e na transformação digital. Especialmente, transformar os paradigmas das operadoras. "Eu não quero mais ter rede. Se quiserem fazer oferta [pela infraestrutura atual], a gente conversa. Queremos ter é data center, é ser TI", declarou o CEO da empresa, Carlos Eduardo Sedeh, durante o último painel do Fórum de Operadoras Inovadoras (FOI 2023), evento realizado por TELETIME e Mobile Time nesta quinta-feira, 23. 

A Megatelecom é uma operadora com foco no corporativo, e, na visão do executivo, como cliente de rede neutra, quanto mais fornecedores da infraestrutura, melhor. Tanto que durante o FOI 2023, ele anunciou o contrato com a I-Systems e com a Fibrasil para o uso das redes neutras, e durante o painel, demonstrou interesse em também conversar com a American Tower. 

Para Sedeh, a estratégia é melhor direcionada para a ponta. "Empresa não tem mais para que ter rede", declarou. "Não quero furar chão, fazer contrato com utilities, lidar com fibra que quebra à noite ou máquina de fusão roubada."

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Consumidor final

Já a Obvious é uma empresa focada em clientes finais. CEO da operadora, Gonzalo Fernandez Castro, conta que utiliza a rede da V.tal, e que tem a expectativa de ser uma empresa totalmente digital, nos moldes de plataformas como Netflix e Nubank. A companhia tem atualmente 16 mil acessos e aposta na diferenciação do atendimento. "O mercado tem problemas, o cliente não está super satisfeito, e é ai que existem oportunidades de crescimento para operadoras digitais", declarou. Ele dá um exemplo de como a atuação deve ser, no seu entendimento: "Vendíamos 1 Gbps por R$ 299, e reduzimos para R$ 159. O cliente não acreditava – ele estava acostumado a ser abusado por empresas de telecom", exemplificou. 

Castro entende que o caso de negócios é relativamente novo, mas essa abordagem vem tendo boa recepção. E lembra que as empresas por trás das redes neutras não são aventureiras. "São os maiores investidores do mundo, nomes enormes como BTG, CDPQ etc. O começo dá certo, e não tenho dúvida de que vai (continuar) dando certo. Tanto pelo poder econômico quanto na equação de escala isso faz sentido", avalia. 

1 COMENTÁRIO

  1. Se se importam com a opinião do um relés consumidor como eu, esses serviços de FTTH baseados nessa rede Vtal estão uma porcaria. Saí de um serviço via cabo da Claro em Brasília para um provedor FTTH local. A rede é uma porcaria. Qualquer coisa fora da região está sujeita a taxas de transferência vergonhosamente baixas. Outro dia, baixando um torrent, que estava muito lento apesar de centenas de seeders, reconectei o aparelho à rede móvel, que estava negociando em 3G! A taxa de transferência subiu 5 vezes em poucos segundos. A Anatel deveria cobrar índices de qualidade desses serviços e dessa Vtal. Do contrário, daqui a pouco tempo todos os provedores serão apenas uma revenda enganadora do mesmíssimo e precário serviço.

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