Nokia Siemens inicia no País expedição para conectar cidades remotas

A Nokia Siemens Networks inicia nesta segunda-feira, 22, um projeto, em parceria com a Oi, Nokia, Hughes e Intelsat, que levará telefonia celular e internet a vilas e povoados remotos, sem acesso à tecnologia. A expedição "Conectando o Brasil" usa a solução Village Connection, da Nokia Siemens, integrada a um veículo itinerante (um Fiat Doblò), que passará por cidades como Cravolândia, Muniz Ferreira, e um terceiro município em estudo, localizado no interior da Bahia, sem acesso à telefonia celular ou banda larga.
Segundo Mário Baumgarten, diretor de relações corporativas da Nokia Siemens Networks, a solução é voltada aos 5 bilhões de pessoas não conectadas em regiões remotas mundialmente com projetos piloto na Índia e na África (Tanzânia). O kit de conexão estará disponível comercialmente em 2009.
O veículo leva todo o equipamento necessário para a oferta de uma rede de telefonia móvel e acesso à internet, via satélite por meio da Hughes e Intelsat, pois nessas localidades não há conexão terrestre. A Village Connection integra uma antena que se conecta à uma estação radiobase GSM mais próxima e um PC que gerencia as ligações. A estação é autônoma e todas as ligações são processadas localmente, o que reduz os custos da operação, diz Baumgarten. A freqüência usada é de 900 MHz e 1.800 MHz, a mesma do GSM. Segundo o executivo, a empresa não cogitou o uso do WiMAX ou 3G nesses locais devido ao custo do terminal. A Oi, parceira do projeto, requisitou a autorização para o uso das freqüências na Anatel.

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Conforme explica Claudia Forner, gerente de channel marketing da Nokia Siemens, a caravana vai emprestar em torno de 40 aparelhos celulares da Nokia para comerciantes e população em geral e três a quatro laptops para as escolas. A experiência do uso desse tipo de comunicação nessas localidades que mal contam com telefones públicos será acompanhada por um blog com atualização diária, no endereço www.expedicao.nokiasiemensnetworks.com.
A expedição "Conectando o Brasil" vai avaliar a viabilidade operacional desse kit de conexão no País. É proposto, por exemplo, que um microempresário local assuma a oferta do serviço de forma autônoma ou como representante de uma operadora, pois a idéia é que o sistema seja auto-sustentável a partir de uma centena de assinantes. "Para isso serão necessárias algumas mudanças regulatórias, além de incentivos como isenção de impostos para que a solução seja viável aqui", diz Baumgarten. A Nokia Siemens já apresentou a solução ao Minicom, que se mostrou interessado na idéia.
"Os parceiros do projeto – a Oi, Hughes e Intelsat, foram contatados para viabilizar a experiência e concordaram em nos auxiliar. Não existe necessariamente uma correlação entre suas respectivas participações neste projeto e suas estratégias futuras", diz o executivo.
Na Índia, a solução está em testes desde 2006 e está dando certo em regiões onde os assinantes gastam apenas U$ 3 mensais para telecomunicações. "Acreditamos que essa viabilidade econômica possa ser replicada em contextos similares no Brasil", diz Baumgarten. A empresa não informa o montante de investimento no projeto.

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