A Claro tem números "sólidos" no mercado móvel e já está colhendo resultados com a expansão da rede de fibra no Brasil. A avaliação consta em relatório sobre a América Móvil (controladora da tele) assinado pelos analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, do BTG Pactual.
A operação brasileira responde por cerca de 20% das receitas e Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo mexicano. Em 2023, a Claro também se destacou ao reverter tendência que durava seis anos e voltar a registrar crescimento trimestral (ainda que pequeno, de 0,1%) na operação fixa.
O impulso veio da banda larga, com alta de 7,3% no Q3 que compensou recuos das divisões de TV por assinatura e voz. Segundo o BTG, o movimento tem relação direta com a aceleração da estratégia de fibra: a Claro já teria 12% da base na tecnologia (cerca de 1,2 milhão de clientes) e mais de 10 milhões de casas passadas (HPs) com a fibra óptica.
Mais importante do que a infraestrutura seria o ritmo de adições ópticas – que em nove meses de 2023 já teria superado as marcas de 2022 e 2021 (foram 286 mil novos clientes). O entendimento do BTG é que a estratégia mais agressiva em fibra ajudou a preservar a base de clientes, compensando perda de clientes no cabo.
Neste sentido, a área de pesquisa do banco nota que o ritmo de perdas da base da Claro em cabo está estável (a empresa tem 8,7 milhões de clientes na tecnologia HFC). A perspectiva para o futuro, contudo, é de aceleração no ritmo de desconexões diante da demanda do consumidor por maiores velocidades – o que deve ampliar a importância dos investimentos em fibra.
Móvel
O documento também aponta que a unidade brasileira da AMX vem superando "consistentemente" as competidores Vivo e TIM no mercado móvel nos últimos anos, com uma melhora desde a consolidação no segmento e operação considerada sólida.
No terceiro trimestre (último com balanços disponíveis), as incumbentes viram a telefonia móvel como o grande motivador de crescimento, notou o BTG. A Claro liderou esse movimento, com alta de 9,7% na comparação anual, ou número acima de Vivo (9% na mesma base) e TIM (7,7%).
A expectativa é que os preços do segmento continuem crescendo nos próximos anos, ainda segundo o banco. "Mas é difícil acreditar que as receitas de serviços mobile continuarão a superar a inflação de maneira significativa", diz. O entendimento é que, apesar dos serviços serem essenciais, o poder de compra do usuário pode ser um obstáculo.
México
No México, maior mercado da companhia pertencente ao bilionário Carlos Slim, respondendo por 40% das receitas e EBITDA, a América Móvil possui uma posição consolidada tanto na telefonia mobile quanto na fixa (neste caso, também com ajuda da expansão da fibra óptica).
Contudo, o risco para as operações é o desenrolar regulatório no país: o Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) deve concluir, em março, sua avaliação períódica sobre a dinâmica competitiva do setor.
O IFT costuma analisar os impactos da regulação assimétrica a cada dois anos e pode modificar, eliminar ou estabelecer novas medidas, de acordo com o BTG. "Entre outras medidas, a revisão em 2020 levou a modificações e novas regulamentações assimétricas para serviços móveis e fixos serviços."
Por outro lado, a empresa também é considerada uma boa opção "defensiva" para investidores, em um ano que será marcado por eleições presidenciais no México e possível volatilidade no mercado.
Ações em bolsa
Olhando para o futuro, os analistas do BTG argumentam que as ações da América Móvil possuem preços atrativos, sobretudo por conta da melhor perspectiva de remuneração aos acionistas em 2024 e 2025.
O relatório lembra que a AMX optou por aumentar o capex (capital para investimentos de longo prazo) para US$ 8,6 bilhões em 2023, ante US$ 8 bilhões em 2022, visando a aceleração da implementação da fibra óptica na América Latina.
"Contudo, o capex já deverá cair em 2024, abrindo espaço para distribuição de dinheiro. Estimamos um reembolso do rendimento em 7,2% em 2024, com aumento para 11,3% em 2025, quando acreditamos que a empresa atingirá sua meta de alavancagem e será capaz de distribuir toda a sua geração de fluxo de caixa livre aos acionistas", diz o documento.
Com recomendação de compra, a AMX possui preço-alvo pelo BTG é de $20 pesos mexicanos (ou US$1,16). Até a última semana, os papéis são negociados a $15,44 (R$ 0,90) na Bolsa de Valores do México. A empresa é avaliada em mais de US$ 57 bilhões.
(Colaborou Henrique Julião)
Que legal e aqui na minha casa continuo com um modem da Claro da marca Arris SEM nenhum número de homologação ANATEL e com dois decodificadores onde o número de homologação ANATEL NÃO consta na base de dados da ANATEL.
A reclamação que fiz a ANATEL sobre o protocolo 2023081404**373 registrada no dia 14/08/2023 com uma previsão de resposta da ANATEL para o dia 27/04/2024.
Já fiz várias reclamações posteriores na ANATEL para a Claro fornecer as ordens de serviços que trocaram os equipamentos queimados que danificaram as TVs do assinante, computador, DVR e central de alarme TODOS ligados por cabos nos equipamentos da CLARO SUPOSTAMENTE NÃO HOMOLOGADOS PELA ANATEL.
A Claro também não fornece e nem mostra o suposto laudo técnico devidamente assinado por um técnico inscrito no órgão que o qualifica.
A Claro NÃO chamou o assinante para acompanhar a abertura dos equipamentos da empresa que queimaram para tal laudo e ainda os mesmos NÃO saíram lacrados da casa do assinante e nem foi deixado nenhum documento da retirada e troca dos mesmos onde os colocados têm esse questionamento de homologação ANATEL.
A empresa está tentando agora de TODAS as formas sumir com tais equipamentos porém eles só saem da casa do assinante para a delegacia da polícia federal para poder ser feita a devida perícia legal.