TIM prepara infraestrutura com 5G SA e espectro da Oi

Alberto Griselli, presidente da TIM. Foto: Divulgação

O lan'camento escalonado da sua rede 5G no padrão standalone (SA) na faixa de 2,3 GHz no Rio de Janeiro mostrou que a TIM está já nos estágios finais de preparação da infraestrutura de rede para o lançamento comercial pleno da tecnologia. Apesar de ter manifestado desinteresse de participar de uma "corrida" para ser a primeira operadora a lançar algo, o comunicado da semana passada mostrou o contrário: a empresa afirma ser a primeira da América Latina a implantar um core 5G SA.

O novo presidente da TIM, Alberto Griselli, disse que possui postura diferente do antecessor, Pietro Labriola, que agora está no comando da TIM Itália e conduz processo de separação industrial e negociações de venda para a norte-americana KKR. Por isso, mostrou que, sim, a operadora quer ser a primeira. Pelo menos neste caso do 5G.

Diferente da faixa de 3,5 GHz, que aguarda a limpeza com a migração dos serviços satelitais na banda C, o espectro de 2,3 GHz não tem impedimentos (mas é necessário ter smartphones compatíveis, como o iPhone 13). Em primeiro encontro com a imprensa desde que assumiu como CEO da TIM, Alberto Griselli comentou na última sexta-feira, 19, no Rio de Janeiro, que a empresa já está deixando boa parte dos componentes de rede pronto para ambos os espectros. Até porque o calendário de obrigações relacionadas à faixa de 3,5 GHz estipula o final de julho como data limite para o lançamento da nova rede.

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Além de ligar a rede de 2,3 GHz na própria sede na capital fluminense, a TIM usa o 3,5 GHz em caráter experimental em lojas e quiosques da empresa. Um dos locais onde ofereceu a rede 5G foi no espaço do TIM Noites Cariocas, no Morro da Urca, onde a operadora patrocina um calendário de shows até o dia 9 de abril. 

Há inclusive a disposição de oferecer o 3,5 GHz como banda larga móvel-fixa (FWA), embora não tenha deixado claro se o mesmo valeria para a faixa de 2,3 GHz (que tem capacidade de apenas 50 MHz, contra os 100 MHz da mais nobre). A faixa de 26 GHz, contudo, não está no horizonte ainda. Griselli afirmou que ainda esperam homologação de dispositivos, que ainda não têm uma escala grande no mundo pela falta de adoção.

Valendo-se de uma base com grande penetração do serviço de voz sobre LTE (VoLTE), a expectativa da empresa é que essa seja a tecnologia adotada para as chamadas por áudio com o 5G. Contudo, caso o consumidor não tenha como fazer isso, o fallback seria duplo: a voz teria que passar para o 4G e, ao não poder trafegar por IP, cairia para o 3G. Com isso, é possível que haja um pequeno atraso no envio desse tipo de tráfego de voz. 

Espectro da Oi

Ainda sem divulgar detalhes sobre os próximos passos com a absorção da maior parte dos ativos de espectro da Oi Móvel, a TIM também vislumbra uma otimização dos ativos. Griselli comentou que a ideia é oferecer uma "melhora" para o serviço de celular dos atuais assinantes da Oi, mas ainda sem comentar sobre como será a estratégia com os planos. 

O que de fato a TIM pode adiantar é que a capacidade vai aumentar significativamente, especialmente em faixas como 2,5 GHz e 1,8 GHz. Só não poderá contar com mais capacidade em 700 MHz, uma vez que a Oi não obteve frequências nessa faixa em 2014 e nem no leilão de sobras subsequente. 

3 COMENTÁRIOS

  1. O 4G não funciona…. Quem dirá o 5G…..
    Sou cliente da TIM à 15 anos, e vou dizer….
    A qualidade do 4G caiu, e caiu muito. Aqui onde moro, a 5 anos atrás, funcionava bem. Hoje, onde era para ter velocidade de 5mbps tem 200kbps. E não adianta ligar para eles. Eles nem tentam resolver, só dizem que a área não tem cobertura. Kkkk… A 5 anos atrás tinha, e hoje não tem. E a barra de sinal… Topada… No máximo.
    Essa TIM não vale nada.

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