Dados do Mapa de Radiofrequências da Telefonia Móvel elaborado pela Anatel mostram que Claro e Vivo foram as prestadoras que obtiveram mais espectro entre 2020 e 2021. O documento elaborado pela Anatel também evidencia que o leilão do 5G ocasionou um redesenho na distribuição das frequências, permitindo também uma regionalização de outorgas.
Antes do leilão, que ocorreu em novembro do ano passado, a Claro era a que detinha maior conjunto de faixas em radiofrequências outorgadas em caráter primário, com 214 MHz, por conta da aquisição da Nextel em 2019. Em seguida estava a Vivo, com 194 MHz, e a TIM, com 174 MHz. A Oi tinha 100 MHz de espectro e a entre as prestadoras que não possuem outorgas nacionais, a Algar, que atua em alguns municípios de GO, MG, MS e SP, é a que detinha mais espectro outorgad0, com 90 MHz.
Como consequência do Leilão do 5G, a Algar passou a ter, em sua área de atuação, 1210 MHz de banda total em caráter primário, com a aquisição de 1120 MHz de banda (40 MHz na faixa de 2300 MHz, 80 MHz na faixa de 3500 MHz e 1000 MHz na faixa de 26 GHz), sendo a prestadora com maior largura de banda a partir de então. A Vivo passou a 864 MHz e a TIM com 834 MHz. A Claro ficou com 684 MHz (porque foi mais econômica na faixa de 26 GHz).
A faixa de frequências com mais espectro autorizado para a telefonia móvel em caráter primário, antes do 5G, era a faixa de 1800 MHz, com 150 MHz outorgados. Com a entrada das novas frequências, a faixa com maior largura de banda autorizada passa a ser a de 26 GHz, com 2200 MHz de banda. No caráter secundário, esse maior bloco de faixa outorgada passa a ser da faixa de 2500 MHz, com 130 MHz.
Estações licenciadas
No que diz respeito especificamente ao uso das faixas pelas estações licenciadas, o relatório da Anatel mostra que a faixa mais utilizada é a de 1800 MHz, com 65.971 estações, seguida pela faixa de 2500 MHz, sendo utilizada por 55.215 estações e logo depois, a faixa de 2100 MHz, utilizada por 53.180 estações.
A largura de faixa outorgada entre as Unidades da Federação (UFs), antes do Leilão do 5G, variava entre 510 e 574 MHz para o caráter primário. No caráter secundário, a variação está entre 120 e 380 MHz.
Confira a íntegra do relatório da Anatel aqui.