Vivo aposta em benefícios para manter receita móvel em alta

Vivo
Foto: Divulgação

Após um 2023 marcado por forte crescimento da receita móvel, a Vivo pretende apostar na convergência de ofertas e em novos benefícios como forma de seguir crescendo o faturamento do segmento para além da inflação e dos serviços tradicionais de telecom.

O caminho foi indicado em conversa do comando da tele com jornalistas nesta quarta-feira, 21. CEO da operadora, Christian Gebara afirmou que não foram os reajustes de preços realizados no ano passado o principal motivador do forte desempenho no segmento móvel – onde a empresa somou R$ 33,2 bilhões em receitas com a venda de serviços (+10,8%).

"Foi uma combinação de fatores como a redução de churn (evasão de clientes) para um recorde de 0,97%; a possibilidade de oferecer oferta mais completa de convergência como no Vivo Total, que tem 1,3 milhão de clientes; e nossa possibilidade de vender serviços digitais", enumerou Gebara, ao ser questionado por TELETIME.

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Neste último caso, a operadora já soma 2,7 milhões de clientes que contratam serviços de entretenimento (vídeo e música), apurando receita de R$ 563 milhões no acumulado de 2023. Em paralelo, a Vivo tem avançado em outros modelos, inclusive para planos híbridos e controle.

De acordo com Gebara, planos controle da operadora com benefícios de saúde (vide o Vale Saúde) e educação (como o Vivae) são capazes de incrementar o gasto médio de R$ 50-52 para valores entre R$ 70-78 entre a base de assinantes da modalidade.

"Às vezes novos planos vêm com novos benefícios e por isso o incremento [dos preços] pode ser superior à inflação. O maior objetivo é a venda de mais benefícios, porque a demanda existe. A migração do pré-pago [para o pós] só ocorre se eu oferecer vantagens, seja mais dados ou benefícios como novos serviços digitais. Então a tendência é incrementar a proposta de valor, combinando com a convergência".

No caso da reposição da inflação, o CEO lembrou que a empresa sempre acompanha o indicador para reajustes sazonais de preços, e que isso será mantido nos próximos trimestres de 2024. Para analistas de mercado, Gebara indicou que reajustes devem ocorrer no calendário costumeiro, com em uma onda para parte dos usuários no primeiro semestre e em outra no segundo, possivelmente em agosto.

Em 2023, a receita móvel por usuário (ARPU) da Vivo cresceu 8%, e atingiu R$ 29,1 na conta que considera clientes pós-pagos e pré-pagos. Apenas no pós-pago, o ARPU foi de R$ 51,3, excluindo acessos de comunicação entre máquinas. A tele tem 61,8 milhões de clientes pós e 37,3 milhões, de pré.

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