A Embratel, braço de B2B do grupo Claro, adotou uma abordagem diferente durante a sua participação na Futurecom 2022, que acontece esta semana em São Paulo. "Em vez de um estande em que a gente mostra o portfólio de produtos tradicionais, como links e datacenters, a gente quis mostrar para onde os serviços corporativos estão indo", disse ao TELETIME o CEO da companhia, José Formoso. E de fato as demonstrações eram todas focadas no modelo de parcerias para soluções digitais avançadas, como automação industrial, segurança e monitoramento, cidades inteligentes e demonstrações de casos em que as redes 5G podem fortalecer o desenvolvimento de aplicações específicas para redes corporativas.
"Os nossos clientes chegam com um problema para resolver, e o nosso papel é integrar parceiros para solucionar esse problema", explica Formoso. "Com isso, a gente vende conectividade, vende cloud, vende segurança e vende 5G".
Isso se traduz, segundo o executivo, em ganho de receitas. "Se antes uma fábrica de um cliente gastava R$ 10 mil por mês para contratar um link de Internet, quando tem uma solução integrada ela vai investir cinco ou 10 vezes mais, porque isso traz retorno imediato", diz o executivo.
A estratégia da Embratel é um bom exemplo do movimento de transformação dos negócios das operadoras de telecomunicações somo um todo, sobretudo aquelas focadas no segmento B2B, em que a oferta de conectividade se mistura com soluções de segurança, cloud e integração com Internet das Coisas e inteligência artificial. "Por isso é importante desenvolver parcerias, achar as soluções que estão sendo demandadas pelo mercado", diz Formoso.
A Futurecom 2022 pouco tratou de mercado consumer, seja nas palestras, seja nas demonstrações. O foco dos principais expositores e das operadoras que participaram do evento (basicamente Embratel e Vivo) foi em soluções B2B e IoT.
