Dados divulgados pelo Ministério das Comunicações (MCom) mostram que este ano o programa Wi-Fi Brasil instalou 869 sistemas para conexões de internet em 19 estados. Destes pontos, 771 escolas públicas foram beneficiadas, sendo 541 delas em municípios da região Nordeste. A política foi uma adaptação feita no governo Bolsonaro a partir do programa de conexão via satélite GESAC, que existe desde 2003.
Segundo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, conectar escolas localizadas nas cidades de menores índices de desenvolvimento do nosso país está como um dos principais objetivos do Wi-Fi Brasil.
Além do atendimento a escolas, o Wi-Fi Brasil instala também antenas e roteadores em locais como delegacias, Unidades Básicas de Saúde (UBS), assentamentos, comunidades indígenas, quilombolas ou ribeirinhas, e telecentros comunitários, por exemplo.
O programa utiliza duas tecnologias para conectar os locais com Internet: internet fibra óptica e também via satélite. O MCom explica que as antenas recebem o sinal enviado pelo Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que cobre com banda Ka todo o território nacional e a Amazônia Azul (denominação do território marítimo brasileiro). O satélite é operado pela Telebras.
Parceria com Unicef
Para ampliar o acesso à internet das escolas públicas dos municípios mais vulneráveis, o Ministério das Comunicações (MCom) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), firmaram um acordo no último dia 10 de abril. "Essa parceria é muito importante e vai ajudar o Ministério das Comunicações a alcançar o objetivo de levar inclusão digital" explica o ministro.
A parceria com a UNICEF apoiará no aprimoramento das iniciativas já desenvolvidas pelo MCom, como o Programa Wi-Fi Brasil. O acordo possibilitará também o início de um plano de trabalho com o Projeto GIGA no Brasil para geolocalizar e monitorar a qualidade do acesso à internet das escolas em tempo real.