Os dados divulgados pela Anatel com o Grupo de Acompanhamento de Projetos de Conectividade de Escolas (Gape) mostram não apenas o universo do projeto piloto em 177 instituições, mas também trazem o panorama mais abrangente da educação conectada no País. Um dos recortes possíveis é o do programa de governo eletrônico (Gesac), que utiliza em boa parte a capacidade em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) da Telebras.
Considerando o universo de todas as bases reunidas na planilha disponibilizada pela Anatel, o acesso é feito pelo Gesac em 14.537 escolas, enquanto outras 1.558 estão com registros pendentes.
O levantamento indica 11.289 escolas que, segundo o Ministério da Educação, estão conectadas com satélites. Dessas, 5.361 estavam inscritas no Gesac, 333 constavam com situação pendente e outras 5.595 sem o vínculo.
Pelo Plano Nacional de Banda Larga nas Escolas (PBLE), há ainda outro recorte, totalizando 21.690 escolas conectadas via satélite. Ainda assim, a adesão ao Gesac é semelhante: 5.219 instituições, com 517 pendentes e 15.925 sem nenhum vínculo com o programa do governo.
Dados do MCom
Já segundo os dados disponíveis no site do Ministério das Comunicações, do total de 22.573 pontos do programa Wi-Fi Brasil, 19.456 são do Gesac. Neste universo total, 15.345 são escolas – considerando apenas pelo Gesac, são 15.249 instituições.
Os dados do MCom e da RNP também são relativos à base de março. Curiosamente, no próprio site do Ministério, o governo arredonda esses números para bem acima:
A maior quantidade de pontos está no Nordeste, com 8.223 instituições em 1.394 municípios. O estado com maior quantidade de escolas conectadas no programa é a Bahia, com 2.489. A segunda região é o Norte, com 5.059 escolas conectadas pelo Gesac em 355 municípios. O Pará é onde há mais escolas com o Gesac: 2.698.
Segunda chamada
Além da base fornecida pelo Ministério, há também os resultados da segunda chamada conjunta da pasta com a RNP para a escola conectada. Considerando apenas os acessos satelitais, foram 71 no primeiro lote, dez no segundo e quatro no último lote. As fornecedoras contratadas foram a Hughes e a Infortec, uma fornecedora de TI amazonense.
Políticas para a educação conectada
As políticas públicas de educação conectada e o papel das empresas de telecomunicações e gestores públicos nos diferentes programas estarão em debate no próximo dia 11 de abril, em Brasília.
Trata-se da segunda edição do Seminário Educação Conectada, organizado pela TELETIME e que tem como objetivo discutir políticas públicas para educação digital, os modelos em implementação, as oportunidades para empresas de telecomunicações e empresas de tecnologia, os melhores exemplos e práticas nacionais e internacionais e os desafios enfrentados pelas políticas em curso.
O evento terá a participação do conselheiro da Anatel Vicente Aquino, presidente do GAPE, grupo que coordena a implementação das políticas de conectividade previstas no edital de 5G; do diretor de investimentos e inovação do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas; do diretor de apoio à gestão educacional do Ministério da Educação, Alexsander Moreira; do secretário adjunto de articulação e monitoramento da Casa Civil, Rogério da Veiga; e do auditor do Tribunal de Contas da União, André Geraldo de Oliveira.
Confira aqui a programação completa do evento.
