Uma pesquisa conduzida pela Nokia e a GSMA Intelligence (GSMAi) concluiu que o uso de inteligência artificial (IA) para o gerenciamento de rede deve ser uma das principais estratégias das operadoras de telecom para uso eficiente de energia com a chegada do 5G.
De acordo com o levantamento (que escutou 130 players em todo o mundo), 21% das empresas do setor consideram a IA como principal arma diante da maior demanda energética prevista. O uso de matrizes renováveis (22%) e o desligamento de redes legadas 2G e 3G (16%) também foram lembrados.
As opções são importantes em um cenário onde dois terços das empresas projetam alta no consumo de energia pela cadeia nos próximos três anos. A GSMAi avalia que 30% das operadoras globais já tenham assumido compromissos públicos relacionados com maior eficiência no gasto.
Mesmo que o tema ganhe espaço na estratégia das teles, a adoção de ferramentas de inteligência artificial para este fim ainda é incipiente. O estudo avalia que apenas 2% das operadoras globais contam com IA gerenciando o consumo de energia em grande escala, ainda que 50% tenham projetos em fase de planejamento ou testes.
Opex
A projeção do estudo é que o consumo energético seja o único elemento do custo operacional (opex) das operadoras a crescer nos próximos três anos, mesmo com os recursos que devem permitir maior eficiência. O levantamento, contudo, defende que o consumo absoluto não deveria ser a única métrica aplicada pela indústria para acompanhamento da nova dinâmica de mercado.
"No contexto das redes sem fio, a eficiência energética pode ser definida de várias maneiras: quanta energia é necessária para entregar uma unidade de dados, para servir uma estação rádio base ou para produzir uma unidade de receita. Cada medida tem suas vantagens e desvantagens. Levar em conta apenas a quantidade total de energia usada seria injusto e tendencioso, pois mais dados do que nunca estão sendo transferidos através de redes móveis".