Índia pode ser próximo país a restringir Huawei do 5G

Após EUA, Reino Unido e Austrália, a Índia pode ser a próxima nação a restringir a participação da fornecedora chinesa Huawei no 5G. Além da pressão norte-americana, a escalada na tensão geopolítica entre o país asiático e a China, com quem divide fronteira, deve influenciar a decisão.

As informações foram publicadas pela Bloomberg e creditadas à fontes familiares ao assunto. Segundo o veículo, o Ministério das Comunicações indiano estaria retomando a avaliação de licenças para testes 5G, interrompida pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

O procedimento, contudo, levaria em consideração uma nova regulação aprovada neste ano e que impôs restrições para investimentos oriundos de nações com fronteira terrestre com a Índia. Tal justificativa seria utilizada para barrar não apenas a Huawei do fornecimento de equipamentos para os testes, mas também a ZTE. Ao abrir as aplicações para o processo em janeiro, o governo indiano havia indicado permissão de atuação para todos os fornecedores.

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Tensão

Desde então, um recrudescimento nas tensões militares do país com a China ocorreu, resultando no primeiro conflito com fatalidades (para os dois lados) em décadas no mês de junho. Neste ínterim, dezenas de aplicativos controlados por companhias chinesas (como o TikTok e o WeChat) tiveram a operação suspensa na Índia, que alegou razões de segurança nacional.

Medida similar com fornecedoras de telecom, contudo, deve afetar diretamente as operadoras locais clientes da Huawei. Hoje, as principais empresas do setor (Bharti Airtel, Vodafone Idea e Reliance Jio) já enfrentam desafios financeiros que têm postergado a adoção do 5G no país.

O boicote à empresas chinesas como a Huawei também tem sido uma das bandeiras da gestão de Donald Trump na Casa Branca. Pressões dos EUA para que a Índia não utilize equipamentos da chinesa tem ocorrido ao longo dos últimos meses; no Reino Unido, estratégia similar surtiu efeito. Já no Brasil, o assunto está na pauta do governo, que já deu sinais de um possível alinhamento com os EUA.

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