Microsoft vai demitir 18 mil funcionários, a maioria oriunda da Nokia

A Microsoft informou nesta quinta-feira, 17, que demitirá 18 mil funcionários no mundo inteiro, incluindo pessoal de fábrica e dos escritórios. Desse total, 12,5 mil serão cortados da unidade de aparelhos, oriunda da aquisição da Nokia. A maior parte das demissões acontecerão até o final do ano e o processo deve ser concluído em junho de 2015.

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A reestruturação é a maior da história da companhia, superando os 5,8 mil postos de trabalho cortados em 2009. Na semana passada, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, havia enviado uma carta aos empregados, na qual adiantou que a Microsoft iria adotar nova direção estratégica e que a cultura corporativa teria de mudar profundamente, sem comentar sobre as possíveis demissões.

"É importante salientar que embora estejamos eliminando postos de trabalho em algumas áreas, vamos criar outros em certas áreas estratégicas. Minha promessa a vocês é que vamos conduzir esse processo da maneira mais cuidadosa e transparente possível", escreveu o CEO da Microsoft em novo email enviado aos funcionários nesta quinta-feira.

O vice-presidente executivo da Microsoft e ex-CEO da Nokia, Stephen Elop, também escreveu um email, este direcionado aos empregados da divisão de telefones celulares, no qual procurou explicar as razões para as demissões: "Enquanto o negócio de telefones celulares da Nokia era um fim em si mesmo, na Microsoft todos os aparelhos devem servir como suporte para as experiências de vida e de trabalho digitais propostas pela Microsoft, gerando mais valor para a estratégia da empresa."

Como parte desse plano, a Microsoft decidiu abandonar a plataforma Nokia X, que usava o sistema operacional Android, para focar em Windows Phone. Além disso, a antiga divisão entre "smart devices" (smartphones) e "mobile phones" (aparelhos low end) que existia na unidade de aparelhos da Nokia será extinta. A área de aparelhos passará a ser uma só.

Brasil

Os cortes vão afetar também o Brasil, mas ainda não se sabe exatamente em que proporção. A fábrica de Manaus, contudo, será mantida e talvez até receba parte do trabalho de manufatura e de reparos que era feito em outras unidades no exterior.

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