A queda acentuada da bolsa nesta semana traz mais incertezas sobre o sucesso do leilão de recompra de ações que será realizado no dia 6 de setembro pela Telemar. Os analistas ouvidos por TELETIME News, disseram que ainda é prematuro dizer se a empresa vai conseguir os 66% de adesão (2/3 das ações).
?Com a queda, aumenta a possibilidade de aceitação da oferta, porque a tendência dos papéis é ficar abaixo dos R$ 45 por agora?, diz um analista. Os acionistas podem aceitar a venda por esse valor, com medo de perdas futuras. Como existem muitas ações na mão de estrangeiros, estes podem aproveitar o momento de queda mundial para diminuir perdas. ?É difícil prever movimentos nessa semana. Os investidores devem ter cuidado, pois as informações são muito desencontradas?, diz um analista. A queda também pode levar os controladores a alterarem a oferta, ou reprecificarem o ativo, desvalorizando-o.
Luciana Leocádio, da Ativa Corretora, diz que o risco de não ter a adesão de 2/3 dos acionistas dispostos a vender ainda é grande. Por outro lado, os investidores podem optar por outro papel com potencial de valorização maior. Por isso a queda das ações da empresa nesta quinta-feira, 16, na Bovespa.
Eduardo Roche, da Ativa Corretora, também aponta que o valor de R$ 45, agora, pode ser atrativo ?dependendo do tamanho da queda da bolsa?. Segundo o analista isso pode atrair uma parcela do mercado que não estava disposta a vender. "Outros vão segurar a ação até verem definidas as possibilidades de fusão da companhia com a BrT", completa.
Vale lembrar que a reestruturação de papéis da Telemar passou a ficar incerta justamente quando as ações da empresa passaram a se valorizar, na expectativa de uma provável fusão com a Brasil Telecom. Com os papéis mais valorizados, o preço oferecido na troca dos papéis deixou de ser atraente, tendência que se inverte com a desvalorização das bolsas.