Longa distância via celular dá prejuízo, diz Embratel

Chamadas de longa distância originadas e/ou terminadas em telefones celulares dão prejuízo para a Embratel, informou um executivo da concessionária. Segundo a fonte, a conta não fecha por dois motivos: 1) os custos de interconexão (VU-M) e de co-faturamento são altos; 2) a Embratel precisa pagar VU-M e co-faturamento mesmo em casos de chamadas pelas quais não recebeu pagamento em decorrência de contestações, fraudes ou inadimplência dos consumidores. É por essa razão que a Embratel não aceitou firmar acordo com as operadoras celulares para aumento provisório da VU-M de 4,5%. "Vamos aguardar a arbitragem da Anatel. A VU-M está acima dos custos. Queremos mantê-la em um nível razoável. Ninguém está falando em zerar a VU-M", explica a fonte.
Quando houve o lançamento da escolha de CSP (código de seleção de prestadoras) em chamadas de longa distância para celular, a Embratel pôs anúncios na TV para conquistar esse mercado. "Na época, havia uma expectativa otimista em relação a como seria o co-faturamento", justifica. Segundo o executivo, é necessária uma grande eficiência de arrecadação para a longa distância via celular valer a pena economicamente.
Na opinião da fonte, as outras operadoras fixas que aceitaram o acordo o fizeram porque têm a garantia da receita das chamadas locais, mercado onde a competição é muito menor em comparação com aquela existente nas ligações de longa distância. "Nas chamadas VC2 e VC3 não dá para repassar o aumento integralmente para os consumidores porque há forte competição", explica.

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Telemar

Além da Embratel, a Telemar também preferiu não assinar o acordo provisório de reajuste da VU-M. A empresa informou que aguarda arbitragem da Anatel na expectativa de que o aumento seja menor que os 4,5% fixados no acordo.

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