Ericsson quer se manter relevante mudando foco para serviços

A Ericsson quer mudar o foco e se promover como uma companhia de serviços para se manter relevante no mercado futuro. A estratégia foi defendida pelo CEO da empresa, Hans Vesterberg, que veio ao Brasil para participar de comemorações de 90 anos da fornecedora sueca no Brasil e para palestra na Futurecom nesta quarta, 15. "Em 1999, 73% da receita (mundial) era hardware. No ano passado, isso era 34%", disse ele, mostrando que os 66% restantes foram para serviços e software. A receita no último ano fiscal da companhia foi de US$ 35 bilhões. "Estamos em transformação para sermos relevantes para o clientes", diz, detalhando ainda a transferência de capital humano da Suécia para outros países.

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Essa estratégia visa também se adaptar aos novos tempos. Vesterberg lembra que, até pouco tempo atrás, as receitas vinham basicamente da área de telefonia fixa e de celulares. "Hoje, não temos mais nem uma coisa, nem outra", ressalta.

Para tanto, a Ericsson tem procurado fazer aquisições de empresas, em especial na área de IP, cloud, OSS e BSS, e em novas tecnologias para operadoras, como virtualização de funções de redes (NFV) e redes definidas por software (SDN). "Todos os nossos produtos, a partir do próximo ano, poderão ser virtualizados; são serviços que você necessita de acesso muito rápido", diz Vesterberg. "Estamos selecionando essas áreas porque tudo vai ser na rede, tudo terá que manejar dados", diz. "O ritmo de mudança é muito grande, e por isso que nos mantemos relevantes. Dez anos atrás, havia 15 empresas (fornecedoras de telecomunicações), agora são quatro ou cinco no mundo", disse, referindo-se à saída do mercado de companhias como Nortel, Lucent e Siemens.

A companhia ainda pretende crescer organicamente ao investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A Ericsson dedicou no ano passado US$ 5 bilhões para a área no mundo. A empresa anunciou também a contratação de 60 profissionais de P&D (a empresa já tem 400 especialistas no País) que se dedicarão às áreas de OSS/BSS no Brasil para atuar no parque tecnológico de São José dos Campos (SP), em parceria com a Fundação de Ciência e Tecnologia (Fitec).

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