Anatel inicia "esforço" para divulgar mudanças

A Anatel deu na terça, 13, o primeiro passo em direção ao que a agência está denominando ?esforço de comunicação e transparência? para explicar aos usuários de telefonia fixa em todo o país as regras de tarifação das ligações locais e os valores que serão cobrados. Durante mais de duas horas, a equipe da superintendência de serviços públicos da agência, acompanhada da assessoria de comunicação social e ainda de representantes da Consultoria Spectrum, explicaram aos jornalistas as mudanças nos regulamentos. O esforço deve continuar com reuniões e debates em todos os estados, com veiculação de anúncios na mídia nacional e ainda com inserções na Voz do Brasil. De acordo com José Gonçalves Neto, gerente de universalização, a agência espera que as empresas também realizem sua mobilização e seus anúncios de forma ainda mais massiva do que a Anatel pretende realizar.

200 milhões de chamadas

Os valores da conversão foram obtidos após a análise das características de 200 milhões de ligações locais colhidas em todo o país em três períodos distintos de duas semanas de maio a novembro deste ano. A análise deste material permite pela primeira vez à Anatel, e às próprias empresas, ter uma idéia do perfil de tráfego da telefonia fixa no país, informação que será muito útil a partir de agora para os próximos movimentos regulatórios e até mesmo para a contestação de algumas das regras estabelecidas para o serviço. Por exemplo, quase 50% dos usuários de telefonia fixa (residencial, não-residencial e tronco) usam menos pulsos que a franquia permitida. É um argumento para aqueles que consideram a assinatura básica (que inclui a franquia) estabelecida em patamares excessivamente elevados. Um outro exemplo refere-se aos tempos de duração média de uma chamada: nas duas situações (multimedição e medição simples) as chamadas originadas de telefones residenciais são mais longas, mas muito mais longas (nove minutos e 50 segundo) no período de medição simples. A diferença de duração de uma chamada feita a partir de um telefone não-residencial entre os dois períodos é mínima, donde se conclui que a tarifação simples é praticamente um benefício destinada ao usuário residencial. Curiosamente, apenas 13% do total das chamadas realizadas por todos os telefones são feitas em horário de tarifação simples. A Anatel lembra que toda a documentação e o material oriundos deste levantamento estarão disponíveis às universidades brasileiras e aos institutos de pesquisa para trabalhos futuros

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