Novo espectro para 6G e 5G deve ser planejado pelo Brasil agora

Pouco mais de um ano após a Anatel liberar o 5G "puro" no Brasil, fornecedoras e operadoras de telecomunicações já se preocupam com o planejamento do futuro das redes e até mesmo o 6G – que só deve chegar ao País em 2030. A avaliação da Ericsson e da Huawei é que a padronização da futura geração de redes móveis seja vista agora, para que sejam definidas as faixas de espectro ideais para a tecnologia.

"Quando a gente fala de espectro futuro, nós temos que pensar em planejamento. Aqui a gente pode extrapolar até para o 6G porque, apesar de sabermos que as aplicações serão disponibilizadas provavelmente a partir de 2030, o espectro tem que ser planejado agora", disse Jacqueline Lopes, diretora de relações institucionais Latam da Ericsson. Na ocasião, a executiva informou que a empresa entende as faixas de 7 GHz a 15 GHz como as mais adequadas para o futuro das redes móveis.

O superintendente de gestão interna da informação da Anatel, Raphael Garcia, comentou a possibilidade. Ele lembrou que a faixa de 10 GHz foi proposta pelo Brasil em 2019. "A gente via e vê a faixa de 10 GHz e 10,5 GHz como uma oportunidade para complementar o espectro para 5G e também para eventual 6G, mas foi uma batalha dura, porque a gente não conseguiu fechar uma proposta interamericana, apesar de termos mais 10 países com a gente".

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"Perdemos a batalha, mas nós vamos para WRC defendê-la porque a gente acredita que é possível esse uso" projetou Garcia, em menção conferência global de radiocomunicação da UIT que deve acontecer no final do ano, em Dubai.

O diretor de relações institucionais Huawei, Carlos Lauria, disse que a empresa concorda com a visão da concorrente de que espectro deve ser visto como estratégia para o longo prazo. O diretor falou ainda sobre a necessidade de equilíbrio na distribuição de faixas adequadas para cada serviço. As colocações foram realizadas durante o Painel Telebrasil Summit 2023, nessa quarta-feira, 13, em Brasília.

5G e faixa de 6 GHz

Assim como a Claro, os fornecedores também aproveitaram o espaço para defender o 6 GHz para uso da indústria móvel.  "A gente sabe que vai ser uma banda muito importante para que essa quantidade de espectro, que é essencial para a implantação do 5G, consiga ser aproveitada da melhor forma no nosso País", afirmou a representante da Ericsson durante o painel. Lopes disse que mais banda média é importante para a implantação de novos casos de uso e mencionou uma necessidade da "harmonização global do aspecto regulatório". No Brasil, a decisão da Anatel foi de destinar toda a faixa para serviços não licenciados.

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