Oi quer ampliar banda larga com ajuda de fornecedores

A Oi está procurando novos modelos de negócios junto aos fornecedores para ampliar sua capacidade e cobertura de banda larga. Marcelo Frasson, diretor de planejamento técnico da operadora, na sua apresentação no 1º Seminário Teletime Tecnologias de Rede, explicou que está negociando com alguns fornecedores contratos em que o pagamento é feito na medida em que a operadora começa a obter receita com o serviço. No mercado, esse modelo é conhecido como "pay as you grow" ou "pay as you win".
Aloísio Byrro, chairman da Nokia-Siemens, pediu a palavra para ponderar que os vendors têm uma geração de caixa menor que a das operadoras e que não há muito espaço para que esses investimentos sejam alocados. Segundo ele, essa discussão é possível em projetos pequenos.
Byrro explica que existem vários modelos, inclusive o modelo de leasing. Neste caso, o equipamento é registrado como patrimônio de um terceiro e a operadora vai amortizando-o ao longo do tempo, como se fosse um aluguel. Ao final de um determinado período, com o pagamento integral, o equipamento é transferido para o patrimônio da operadora.

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De fato, a Oi, que ainda absorve os impactos financeiros da compra da BrT, tem como ordem, já manifestada publicamente, reduzir gastos para amortizar a dívida ao longo do tempo. Aumentar o endividamento neste momento é algo que não está nos planos da Oi. Por isso, o modelo em que o fornecedor aceite participar dos riscos do negócio e aceite ser pago conforme cresce a receita com o serviço faz todo o sentido para a companhia.
Entretanto, para os fornecedores esse modelo de contratação é ainda é incerto, visto que não existe no Brasil nenhum contrato deste tipo. Marcelo Motta, diretor de marketing e soluções da Huawei, admite que foi procurado pela Oi, mas diz que ainda há inclusive dúvidas legais em relação a um contrato deste tipo, pois os fornecedores não podem, pela regulamentação, assumir a responsabilidade pelas redes. Gil Odebrecht, diretor de vendas de rede da Ericsson, disse que é realidade em todo o mundo a busca por novos modelos de negócio entre fornecedores e operadores, mas que o espaço está cada vez mais limitado do ponto de vista dos fornecedores, muitos dos quais já trabalhando com margens negativas.

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