Indiciado, Daniel Dantas nega acusações em depoimento na PF

O dono do banco Opportunity, Daniel Dantas, foi indiciado pela Polícia Federal por formação de quadrilha, corrupção ativa e divulgação de segredo no inquérito que apura atos de espionagem feitos pela Kroll, durante investigação contratada pela Brasil Telecom (BrT). Em depoimento de mais de duas horas prestado na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 13, Dantas negou todas as acusações ou não deu respostas às perguntas. Mesmo assim, o delegado que comanda o caso optou por indicia-lo, diante das provas recolhidas ao longo da investigação, iniciada em outubro do ano passado.
Com a visita de Dantas, encerrou-se a fase de coleta de depoimentos nesse inquérito. O relatório da Polícia deve ser entregue ao Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo no final da próxima semana. Munido desse documento, o MPF decidirá se abrirá denúncia contra os indiciados. Além de Dantas e de Carla Cico, presidente da BrT, outras 18 pessoas foram indiciadas ? todas funcionárias da Kroll ou pessoas ligadas à empresa de investigação. Segundo a assessoria de imprensa da PF, existe a possibilidade de abertura de novos inquéritos, em razão do surgimento de indícios de outros crimes. Contudo, não foram revelados que outros crimes seriam esses, nem quais seriam os suspeitos.
?Vamos aguardar o relatório da autoridade policial para definirmos nossa estratégia?, disse Nélio Machado, advogado criminalista que defende Dantas e Carla Cico. Ele classificou como inconsistente a apuração da Polícia que culminou com o indiciamento de seus clientes.

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Drible na imprensa

Dantas entrou no prédio da Polícia Federal pela porta dos fundos às 8h ? duas horas antes do horário marcado para seu depoimento, quando ainda não havia jornalistas no local. Cerca de 20 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas dos mais diversos veículos fizeram plantão das 9h às 13h na porta principal do edifício aguardando a saída do executivo. A espera foi em vão: Dantas foi embora às pressas sem falar com a imprensa em um Pólo prateado com vidro escuro que estava dentro do estacionamento da Polícia Federal.

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