A Anatel publicou as primeiras estatísticas de 2022 sobre o mercado de banda larga fixa, com 40,185 milhões de acessos notificados pelas operadoras brasileiras. Entre as chamadas prestadoras de pequeno porte (ou PPPs), uma redução de 1,2 milhão de clientes foi apontada.
Bastante fora da curva, a queda pode estar relacionada à comum subnotificação de acessos entre algumas empresas menores. A distorção afetou também os dados do mercado total de banda larga em janeiro, que recuou 3% frente dezembro nos números preliminares da Anatel.
Os dados de 2021, contudo, estão ajustados e mostram uma desaceleração no ritmo de crescimento das provedoras regionais (a despeito do salto de 60% no número de clientes). Na primeira metade do ano passado, as PPPs ativaram 3,022 milhões de novos contratos de banda larga; na segunda, o número caiu para 2,159 milhões.
A tendência de desaceleração foi apontada nesta semana pela WDC Networks, no balanço anual da tradicional fornecedora de ISPs. Em relatório preliminar de janeiro, a Brisanet (maior provedora regional do País) também falou em crescimento aquém do esperado, nomeando problemas na cadeia de fornecimento e inflação como algumas das causas.
Ainda assim, os números do segmento de ISPs seguem bastante expressivos. Juntos, os provedores regionais somam mais de 19 milhões de acessos em Internet fixa, sendo a maior parte deles (mais de 16 milhões) em fibra óptica.
Em janeiro, os principais provedores foram:
- Brisanet (864 mil acessos)
- Algar Telecom (751 mil)
- Desktop (621 mil)
- Vero (558 mil na operação principal e 623 mil considerando todas as empresas da holding)
- Unifique (505 mil)
- Americanet (390 mil)
Agrupamentos de empresas como a Alloha Fibra e o Grupo Conexão também concentram números significativos de assinantes.
Grandes grupos
Entre os grandes grupos, houve pouca mudança nas bases de clientes. Líder de mercado com 9,723 milhões de acessos, a Claro manteve a base praticamente estável (perda líquida de 8 mil contratos). A segunda colocada Vivo (com 6,322 milhões assinantes) e a TIM (com 691 mil) tiveram variações de menos de mil clientes em janeiro.
Já a Oi, que liderou adições líquidas em 2021, apontou 22 mil desconexões no primeiro mês deste ano, para 5,202 milhões. Carro-chefe da operação de banda larga, a fibra óptica rendeu 52,6 mil novas assinaturas líquidas para a empresa, em alta de 1,4% (para 3,746 milhões de clientes no Oi Fibra).
Dessa forma, a Vivo largou na frente na corrida do FTTH, com 77,9 mil novos acessos reportados em janeiro (alta de 1,7%). Com entrada em novas cidades e a sobreposição com fibra de sua rede de cobre, a empresa tem a maior base óptica do País (4,687 milhões de casas conectadas).