Home office é oportunidade para avançar banda larga no B2B, avalia Algar

A estratégia da Algar Telecom de expandir sua pegada na banda larga vem se desdobrando. Neste final de semana, a companhia anunciou a aquisição da operadora de atacado Vogel Telecom por até R$ 600 milhões, uma operação que pode fazer com que o backbone da companhia mineira fique com 110 mil km de extensão no país inteiro. A ideia é aumentar a capacidade para o mercado B2B, mas atendendo também ao micro e pequeno empresário, segmento no qual começa a concorrer com ofertas para clientes residenciais.

Em conversa com o TELETIME antes do anúncio da aquisição da Vogel, o CEO da Algar, Jean Borges, destacou que o aumento da quantidade de trabalhadores em trabalho remoto já era uma tendência, mas foi acentuada com a pandemia da covid-19. Essa área de micro e pequenas empresas cresceu 27% no número de clientes no ano passado. 

A estratégia da operadora é a de expandir onde já havia rede, valendo-se de sua capacidade com técnicos e representantes comerciais. E o home office pode ser uma oportunidade. "A gente está atento e estudando isso, é uma nova realidade que não está passando despercebida por nós. Eventualmente vamos olhar com bastante carinho no planejamento para ver como podemos e devemos endereçar."

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Borges entende que há uma linha tênue entre esse tipo de cliente corporativo e o residencial, que tem apresentado maior concorrência nas capitais. "É super interessante porque a gente percebeu que tem aí uma necessidade latente, e temos uma proposta focada na qualidade da rede serviço e competição", declara. "Obviamente que o cliente pode até experimentar a oferta residencial, mas ocorre que os tempos de atendimento e de correção [de falhas na rede] são residenciais, e o usuário fica com a insegurança de ter que se conectar por acesso móvel porque está na fila para ser atendido na rede fixa."

Há ainda outro nicho: o de usuários que precisam de uma rede resiliente, com capacidade e latência garantidos por níveis de qualidade de serviço (QoS). "Tem gamers que ganham muito, e o negócio é com uma rede com alta disponibilidade, baixa latência.", declara o executivo da Algar. 

Franquias

Além da expansão com aquisição de ISPs, a Algar também tem um mercado de franquias desde o ano passado. Atualmente, a operadora tem mais de 80 cidades com operação neste modelo de negócios. 

"Estamos olhando isso com muito bons olhos porque a gente tem toda a questão de desenvolvimento de produto, serviços, digital, sistemas e processos. Temos um backbone que passa em 16 estados e no Distrito Federal, que são mais de 1,1 mil cidades no Brasil, e sabemos que há muitos empreendedores."

No total, a operadora conta com mais de 1.500 km de fibra óptica construída nessas várias localidades por meio das franquias. "Eles têm ali a competência de vender, instalar e atender o cliente, além de expandir a rede dentro das condições de engenharia. E, ao longo do tempo, a rede é adquirida pela Alga", coloca Jean Borges. "O investidor tem negóico muito bem estruturado, e do nosso lado é expansão de ativo já existente e com estrutura competente para dar suporte ao franqueado."

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