Para a área de pesquisa do BTG Pactual, uma nova recuperação judicial da Oi deve ser passo essencial para a sobrevivência da operadora – que no momento goza de proteção temporária da Justiça contra credores.
A avaliação consta em relatório sobre o mercado de telecom, mídia e tecnologia divulgado pelo banco nesta quinta-feira, 9. O BTG Pactual, vale lembrar, é acionista majoritário da empresa de infraestrutura V.tal, que tem a Oi como sócia minoritária.
"A reentrada na proteção contra falência é essencial para a sobrevivência da empresa", resumiu o relatório, assinado pelos analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla. Para a área de pesquisa do banco, a saída da Oi da primeira recuperação judicial – encerrada em dezembro após processo de mais de seis anos – não foi positiva.
"A empresa perdeu a proteção contra a necessidade de fazer depósitos judiciais para ações em litígio e outras demandas que possam surgir de credores. Em nosso modelo, projetamos saídas de caixa de R$ 1,7 bilhão em três anos relacionadas a garantias judiciais", afirmou o BTG.
Em paralelo, a Oi ainda não teria alcançado a sustentabilidade esperada para a operação mesmo após a venda da maior parte dos ativos. Dessa forma, o BTG aventa que uma solução para o dilema passaria "principalmente em negociar com os credores e obter novos haircuts ou uma injeção de capital (via swap de dívida)", mas não sem pontuar que primeiras tratativas do gênero foram rechaçadas por credores no fim do ano passado.
A própria viabilidade de usar a fatia da Oi na V.tal como alternativa para a desalavancagem foi minimizada pelo relatório. "Considerando o valor de face de R$ 29 bilhões da dívida, estimamos que a participação na V.tal não seria suficiente para pagar tudo", argumentou o banco. Após ter participação diluída, a Oi teria 30,8% da empresa de redes neutras, calcula o BTG.
A operadora já está em meio à renegociação das dívidas com os credores financeiros. Ao mesmo tempo em que busca proteções adicionais além da cautelar contra dívidas iminentes (inclusive nos Estados Unidos), a Oi também tem recebido questionamentos de minoritários, além de estar sob escrutínio da Anatel.
E a empresa com uma péssima gestão, continua desligando toda a operação da empresa. Não dá pra entender como uma empresa como aí só consegue fazer m atrás de m.