Ações da Telesp ficam de fora da alta no setor

Ironicamente, as ações da Telesp (telefonia fixa), uma das melhores e mais seguras operadoras de telecomunicações do País, não estão participando da "festa" da bolsa neste início de ano. Até esta terça-feira, dia 7, enquanto o Ibovespa subiu 5,6% e o índice das empresas de telecomunicações (Itel) aumentou 8,7%, a Telesp praticamente não saiu do lugar. Nesta quarta, 8, as ações preferenciais da operadora caíram 2,87%.
Não há nada de errado com a empresa, dizem analistas; continua a ser uma das menos alavancadas do setor, com uma dívida líquida equivalente a menos de 23% de sua receita totalmente protegida por hedge cambial, tem a margem de EBITDA mais alta do segmento (52%), continua líder na sua área e seus lucros estimados para este ano devem voltar aos melhores momentos de 2001 (R$ 1,6 bilhão). Os analistas continuam estimando que o papel chegue, até o fim do ano, a algo entre R$ 42 e R$ 45. Ou seja: uma valorização em torno de 30%.
Por que, então, a Telesp não acompanha o movimento de alta?

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Os especialistas dão as razões principais: as projeções de valorização são muito próximas dos juros. É pouco, portanto, para o risco da renda variável. O papel da empresa é bom para quem quer um ponto de segurança em seu portfólio. A Telesp sobe nos momentos de estresse e anda devagar quando a volatidade é menor.
Além disso, o mercado ainda faz as contas para calcular o peso da distribuição de dividendos no valor atual do papel. A companhia anunciou que os portadores de ações preferenciais receberão, na distribuição de dividendos, 10% mais que os proprietários das ON. No total, uma massa de R$ 500 milhões.

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