Após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a compra da InterNexa Brasil pela Mega (antiga MegaTelecom), foi a vez da Anatel seguir o mesmo caminho. A operação de consolidação no mercado de operadoras B2B havia sido anunciada em dezembro de 2023 e recebeu o aval do Cade sem restrições em janeiro.
Segundo o CEO da Mega, Carlos Eduardo Sedeh, o negócio é importante nos planos da empresa, que mira crescimento no segmento empresarial B2B.
Com a operação, a Mega deve ingressar no mercado de redes de longa distância (backbones) de alta disponibilidade e densidade, usando a rede elétrica de transmissão, por meio de redes OPGW (siglas em inglês para cabos de aterramento óptico).
"A plataforma de rede e de pessoas que a InterNexa montou nos chamou a atenção. Entendemos que as redes de backbones, em locais estratégicos e com grande capacidade, em conjunto com a rede metropolitana da Mega, nos trarão ganhos de infraestrutura em uma plataforma única de fibra, capacidade, data centers, telefonia e TI", diz o CEO.
Além disso, o M&A deve permitir a expansão da operação para os três estados do Sul do País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e a ampliação da rede no Sudeste, que abrange os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O avanço será concentrado em cidades consideradas estratégicas no interior paulista, como Campinas e São José do Rio Preto.
"Estamos felizes em oferecer soluções personalizadas às empresas que buscam alinhar tecnologia com segurança. O mercado corporativo é a nossa vocação. Planejamos crescer nesse setor sem perder a entrega de um serviço e atendimento personalizados, do jeito que somente nós entregamos", afirma Sedeh, em comunicado.
Atualmente, a Mega trabalha no fornecimento de acesso à Internet, links de transporte de longa distância e alta capacidade, redes metropolitanas, links de acesso corporativos, serviços de tecnologia da informação (TI) como PABX virtual, computação em nuvem e backup, multi-cloud connection, data center, proteção DDoS e serviço de telefonia fixa comutada.
Já a InterNexa Brasil era até então uma subsidiária da companhia de transmissão de energia elétrica ISA, que por sua vez é parte do grupo estatal colombiano Ecopetrol.
