5G já ultrapassa 50% das novas vendas da Ericsson no Brasil

Antena de telecomunicações. Foto: Pexels

Com a tração dos investimentos em 5G pelas operadoras brasileiras, mais de 50% das encomendas recebidas pela Ericsson no País já envolvem equipamentos da quinta geração, afirmou o presidente da fornecedora para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann.

Em mesa redonda com jornalistas realizada nesta terça-feira, 7, o executivo traçou um cenário otimista sobre a adoção da tecnologia. Para a Ericsson, o projeto 5G brasileiro seria "um dos mais avançados do mundo" – sobretudo pela obrigação de instalação de redes 5G standalone (SA) que tornou o País um dos únicos mercados com três redes SA diferentes ativas.

"Estamos vendo uma alta demanda e esse ano mais de 50% das encomendas já são 5G. No ano passado, o volume foi bem menor que isso", sinalizou Dienstmann, relatando que por aqui o mercado de redes de acesso segue em crescimento. Algo similar valeria para o portfólio de núcleo (core) de rede 5G, cuja demanda também foi turbinada pela exigência do padrão standalone (ao contrário do cenário global).

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Passada a primeira etapa de expansão da macro da cobertura, a Ericsson ainda avalia que as próximas fases da implementação do 5G estão definidas – começando por reforços na cobertura indoor (inclusive ao lado de provedores neutros de sistemas). As redes privativas e o mercado de acesso fixo sem fio (FWA) com 5G seria as demais etapas.

Em paralelo, a estratégia de ajudar na monetização de redes 5G a partir da oferta de APIs – como detalhado por TELETIME na semana passada – também foi abordada. Dienstmann reiterou que a empresa vislumbra um marketplace para agregação de aplicações às redes móveis, a exemplo do papel exercido pelas lojas de app no ecossistema de dispositivos móveis.

4G

Ao TELETIME, o executivo também afirmou que a ascensão do 5G não implica em declínio das vendas 4G. Ainda que o aumento dos smartphones 5G (e, consequentemente, do tráfego) tenha aliviado as redes de quarta geração em algumas zonas, em termos nacionais, a cobertura 4G seguiria em evolução (ainda que em ritmo de crescimento mais modesto).

"O 4G ainda tem um grande percurso", explicou Dienstmann. Entre os indutores projetados para a demanda estão as obrigações editalícias de cobertura 4G em pequenas cidades e estradas e as entrantes do mercado móvel.

Redes privativas

No caso das redes privativas, a Ericsson destacou o Brasil como um dos países com espectro dedicado à indústria, mas lembrou que o sucesso da vertical segue dependente do ecossistema – cujos dispositivos (desde sensores até robôs) estariam sendo "gradualmente adaptados" ao 5G.

A empresa, contudo, acredita na evolução da demanda nos próximos anos. Além de trabalhar na seara ao lado das operadoras de telecom, a fornecedora também tem buscado ativações ao lado de integradores independentes.

Em paralelo, o projeto de implementação de rede privativa móvel para o governo federal no Distrito Federal também está no radar. A Ericsson acompanha o processo e pretende participar da licitação para a implementação.

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