A Embratel sempre defendeu a manutenção do modelo do Código de Seleção de Prestadora (CSP) nas chamadas de longa distância, seja de telefones fixos ou móveis. Durante a recente Consulta Pública 53, encerrada dia 31 de janeiro e que tinha como objetivo municiar a Superintendência de Planejamento Regulatório da Anatel para rever os contratos de concessão de telefonia, a tele trouxe mais alguns elementos para defender sua posição. Na verdade, ela refez pesquisas de opinião que já haviam sido realizadas no ano passado para tentar medir a preferência do usuário.
Segundo dados trazidos pela Embratel à consulta, uma pesquisa elaborada pelo instituto TNS em 2013 mostrava que 63% dos entrevistados "afirmaram preferir somente a possibilidade de opção de seleção de prestadora chamada a chamada". Aqueles que gostariam de ter a opção de pré-marcação, mas podendo ser alterada a cada ligação, seriam 34%. E apenas 3% gostariam de um modelo apenas com pré-marcação, segundo a pesquisa de 2013.
Em uma complementação à pesquisa, realizada após o início da consulta pública, a Embratel constatou ainda que "87% dos consultados informaram que se sentiriam lesados se fossem de alguma forma impedidos de optar pelo uso de qualquer CSP para realizar suas chamadas de longa distância". Segundo a Embratel, "tais dados demonstram que os apontamentos da agência sobre uma não essencialidade do uso do CSP a cada chamada, e até mesmo do próprio serviço, não se mostram compatíveis com a preferência e a expectativa dos consumidores, os quais desejam manter a oportunidade de sempre escolher sua prestadora de longa distância a cada chamada.
A operadora também traz dados para combater a proposta de ampliação do tamanho das áreas locais, o que, segundo a Embratel, aumentaria o valor da tarifa (ao mesmo tempo em que diminuiria o tráfego de longa distância).