Universalização depende agora da União, diz presidente da Anatel

Para o presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura, qualquer outra proposta que signifique um aumento da universalização dos serviços de telefonia fixa a partir de agora teria que ser paga pela União: "no processo de privatização, os valores relativos às metas de universalização já foram descontados dos preços mínimos propostos pelo governo pelo controle das empresas estatais ", lembrou Schymura. O presidente da Anatel também não considera viável soluções alternativas para diminuir os custos dos serviços de telefonia especialmente para as classes de poder aquisitivo menor.
A combinação de serviços pré-pagos ou a simples colocação em serviço de telefones fixos já instalados apenas para receber ligações ou fazer ligações a cobrar é considerada inviável pelo presidente da Anatel. Schymura acredita que a ativação destes telefones, atualmente na prateleira das operadoras, teria um custo que não poderia ser coberto pelas tarifas de interconexão ou pelo tráfego gerado pelas chamadas a cobrar. Na verdade, nem as empresas, nem a Anatel têm estudos que possam subsidiar uma proposta deste tipo.
Falta às empresas e à agência criatividade para enfrentar a situação de um gigantesco investimento feito pelas operadoras que anteciparam metas de universalização (com recursos, que, como lembrou Schymura, foram fornecidos pela União como desconto no preço mínimo das empresas) e agora não têm assinantes com disponibilidade financeira para pagar os valores relativos às assinaturas básicas. Em resumo, não há para este momento necessidade de maior universalização nos serviços de telefonia porque há telefones sobrando. A questão é como fazer para ativá-los.

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