O Banco do Brasil comemora no início deste mês o milésimo telecentro instalado a partir do estabelecimento de parcerias com a comunidade. Segundo José Luiz de Cerqueira César, vice-presidente de tecnologia e logística do banco, a principal característica dos telecentros é sua auto-sustentabilidade: ?É muito alta a taxa de mortalidade de programas de inclusão digital em todo o mundo, e especialmente no Brasil, onde não se preocupam com a questão do seu sustento", afirma Cerqueira César.
O programa do Banco do Brasil é, na verdade, um subproduto do processo de modernização tecnológica da instituição. Desde 2004 vêm sendo substituídos 38 mil computadores do banco – as máquinas são repassadas aos telecentros ou a instituições parceiras, como o Ministério Especial de Pesca e Aqüicultura, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, entre outros. Essas instituições já equiparam 400 telecentros. A previsão do banco é instalar ainda em 2005 mais 500 telecentros em todo o País. A distribuição dos telecentros do BB não é regular, justamente em função da dificuldade em obter a sua auto-sustentabilidade e ainda em função da baixa mobilização comunitária em alguns estados. Deste modo, 215 telecentros concentram-se em São Paulo. Tocantins e Piauí, com oito telecentros em cada um, são o exemplo concreto desta dificuldade, segundo avalia Cerqueira César.
Inclusão digital