SecureLink amplia atuação e quer grandes empresas do Brasil como clientes

Flavio Lang, cofundador da SecureLink. Imagem: Divulgação

A SecureLink estreou no mercado brasileiro em dezembro de 2023 com a proposta de atender a uma fatia específica do mercado brasileiro. A operadora "boutique", criada pela empresa de infraestrutura corporativa Lotus ICT, foca em empresas de médio e grande porte, bem como estatais brasileiras que compartilham de uma característica comum: possuem atuação em diferentes regiões do País e, por isso, contam com diferentes provedores de Internet.

Em entrevista ao TELETIME, o cofundador da SecureLink, Flávio Lang, citou o exemplo de um cliente que entrou em contato com a nova operadora. "É uma empresa privada que está em 29 localidades distintas e tem 18 fornecedores de Internet. Então existe esse espaço para sermos o grande player e atender esse mercado", explicou Lang.

A estratégia de inserção no concorrido mercado de telecomunicações, segundo explicou Lang, é preencher uma lacuna do setor. Isso porque, enquanto as grandes operadoras contam com custos elevados de operação, os pequenos provedores regionais (PPPs) têm cobertura limitada. "É nesta lacuna que nos encaixamos", disse o cofundador da empresa.

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Para isso, a empresa oferece os serviços de conectividade utilizando infraestrutura de redes neutras. O principal provedor é a V.tal e, em breve, a empresa também deve operar a partir de outras três companhias atacadistas de redes neutras cujos nomes ainda não foram revelados.

"Naturalmente, a gente tem o foco no que a gente chama de quad. Ou seja: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Brasília", explicou Lang. Apesar disso, a provedora contou a este noticiário que já avalia outros projetos e pretende expandir a atuação para a região Norte do País "e também no Sul, porque Porto Alegre tem se desenvolvido como polo de tecnologia e tem demandado soluções novas", completou o cofundador. Sobre o Nordeste, até o final do ano a empresa deseja ter um time atuando nas capitais Fortaleza e Recife.

Com isso, a SecureLink quer se posicionar como "integradora da demanda pulverizada". Isso porque, como o nome da marca sugere, a provedora fornece serviços de segurança juntamente com a conectividade, a partir de tecnologias de SD-WAN e SASE de parceiros como Fortinet e Huawei.

Metas e carteira de clientes

Quando a Lotus ICT anunciou a criação da SecureLink, os objetivos foram bem definidos. Uma das metas envolve a expectativa de que a nova provedora tenha, ao menos, contrato com 40 organizações até o final de 2024. O número de clientes pode parecer pequeno em comparação com outros provedores, mas é importante lembrar que se trata de uma operadora com a proposta de atender a um grupo seleto de empresas com atuação nacional, além de órgãos governamentais.

E por atender a esse tipo de mercado, a SecureLink também prevê um faturamento superior aos R$ 100 milhões dentro dos próximos três anos de atuação. E a empresa já estreou tendo como cliente a empresa mais valiosa do País, a Petrobrás. O contrato, na ordem de R$ 20 milhões, prevê fornecimento dos serviços da provedora durante cinco anos.

Existem outras verticais nas quais a SecureLink aposta. São elas: utilities de presença nacional, empresas de varejo, seguradoras e segmentos bancários. Em relação a este último, Lang explicou que não são apenas os grandes bancos que estão em negociações com a provedora, mas também bancos médios, "como essas fintechs que têm presença nacional, mas de tamanho um pouco menor. E essas têm sido parte do principal segmento que a gente tem conversado", explicou ele.

As perspectivas positivas levaram a SecureLink a ampliar o número de contratações. "Em um momento em que algumas empresas estão demitindo, nós estamos contratando mais gente e expandindo a operação. Estamos bastante convictos do mercado que a gente vai atuar", comentou Lang.

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