A desembargadora Letícia Sardas, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido de efeito suspensivo feito pelo Opportunity cujo objetivo era derrubar imediatamente a liminar que suspendeu a validade do chamado ?acordo guarda-chuva?. O efeito suspensivo poderia ser concedido por decisão exclusiva da desembargadora, que é a relatora do caso. Agora, o mérito do pedido será julgado pelo colegiado da Câmara. Havia o temor por parte de algumas fontes ligadas aos fundos de pensão de que Letícia aprovasse o efeito suspensivo, já que ela votou a favor do Opportunity em recursos anteriores. Segundo uma fonte que acompanha o processo, é possível que o Opportunity entre com um pedido de agravo de instrumento antes do julgamento do mérito, para tentar reverter a decisão da desembargadora. Uma decisão favorável ao Opportunity pode resultar na volta do grupo de Daniel Dantas à gestão da Brasil Telecom.
Histórico
O acordo ?guarda-chuva? foi assinado pelo Opportunity em nome dos fundos de pensão e do Citibank. Por esse documento, o banco de Daniel Dantas manteria o controle sobre a Brasil Telecom, a Telemig Celular e a Amazônia Celular mesmo se fosse afastado da gestão dos fundos de investimento que controlam essas operadoras. Suspeita-se que o acordo tenha sido assinado após a destituição do Opportunity da gestão dos fundos, embora a data seja anterior.