O grupo Telefônica prevê o oferecimento da rede WiMax em nível nacional para completar sua oferta triple play. O presidente do grupo no Brasil, Fernando Xavier, defendeu que os órgãos reguladores permitam uma ampla competição no leilão que está suspenso pela Justiça. Durante painel realizado na Futurecom 2006, o presidente do grupo destacou ainda que a viabilidade da universalização passa por um amplo leilão das freqüências de WiMax e participação de todos os interessados.
?Seria um erro impedir que empresas que investiram R$ 100 bilhões construindo um sistema capilarizado que chega a 100% dos municípios com mais de 100 mil habitantes utilizem outras tecnologias para ganhar upgrade e atender outras localidades como municípios menores e zonas rurais?, diz Xavier. Ele garantiu que a Telefônica não irá disputar o mercado ?apenas no setor mais rentável?.
Ele exemplificou com as freqüências de WLL, cujo leilão foi aberto a todos, com algumas restrições na abrangência do serviço (cidades com menos de 50 mil habitantes e zona rural). ?Para participar do leilão do WiMax podemos aceitar algumas restrições. O que não podemos é ser impedidos de consequir freqüência, um bem escasso e não renovável?, afirma.
Separação das redes
Sobre a separação da rede e do serviço em empresas distintas, evitando a concentração de mercado, a exemplo do que fez a British Telecom e mais recentemente a Telecom Italia, por exigência do órgão regulador, Xavier opinou que no caso da Inglaterra é característica do País incentivar a competição, mas que o modelo posteriormente não atingiu o objetivo e não foi seguido por outros países europeus. Ele disse, no entanto que o modelo poderia dar um novo impulso aos investimentos e o incentivo da entrada de novos atores no cenário de competição.