Telefônica quer rede nacional de WiMax

O grupo Telefônica prevê o oferecimento da rede WiMax em nível nacional para completar sua oferta triple play. O presidente do grupo no Brasil, Fernando Xavier, defendeu que os órgãos reguladores permitam uma ampla competição no leilão que está suspenso pela Justiça. Durante painel realizado na Futurecom 2006, o presidente do grupo destacou ainda que a viabilidade da universalização passa por um amplo leilão das freqüências de WiMax e participação de todos os interessados.
?Seria um erro impedir que empresas que investiram R$ 100 bilhões construindo um sistema capilarizado que chega a 100% dos municípios com mais de 100 mil habitantes utilizem outras tecnologias para ganhar upgrade e atender outras localidades como municípios menores e zonas rurais?, diz Xavier. Ele garantiu que a Telefônica não irá disputar o mercado ?apenas no setor mais rentável?.
Ele exemplificou com as freqüências de WLL, cujo leilão foi aberto a todos, com algumas restrições na abrangência do serviço (cidades com menos de 50 mil habitantes e zona rural). ?Para participar do leilão do WiMax podemos aceitar algumas restrições. O que não podemos é ser impedidos de consequir freqüência, um bem escasso e não renovável?, afirma.

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Segundo Xavier, não há país europeu que tenha impedido as incumbents de participar dos leilões pois isso iria contra as regras de concorrência. ?A universalização não foi realizada pela rede celular que cobre apenas 42% do País?, diz. ?A banda larga cresceu 100% entre dezembro de 2005 e junho de 2006, enquanto a TV por assinatura tem crescimento mais lento. O WiMax vai permitir um aumento da densidade domiciliar da banda larga, assim como a oferta de TV pelas teles ampliará o mercado de triple play?, defende Xavier. Ele também defendeu a necessidade de repensar o arcabouço regulatório que possa acompanhar a oferta de tecnologias mais baratas trazendo maiores benefícios ao usuário.

Separação das redes

Sobre a separação da rede e do serviço em empresas distintas, evitando a concentração de mercado, a exemplo do que fez a British Telecom e mais recentemente a Telecom Italia, por exigência do órgão regulador, Xavier opinou que no caso da Inglaterra é característica do País incentivar a competição, mas que o modelo posteriormente não atingiu o objetivo e não foi seguido por outros países europeus. Ele disse, no entanto que o modelo poderia dar um novo impulso aos investimentos e o incentivo da entrada de novos atores no cenário de competição.

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