Enquanto o mercado móvel brasileiro tem crescido a taxas anuais de 110%, a banda larga (de todos os meios) cresce 120%, diz o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Ericsson, Jesper Andersen. Simultaneamente, a venda de laptops tem crescido praticamente na mesma proporção que os PCs. Os laptops e os smartphones já têm preços equiparados na Europa. É possível encontrar ambos por ? 550. No Brasil, Andersen diz que numa rápida consulta de preços, encontrou um notebook e uma oferta do smartphone da Sony Ericsson por R$ 3,8 mil, cada um.
Por conta dessas constatações e da rápida expansão da banda larga móvel (1xRTT, EV-DO, GPRS, EDGE), a Ericsson anunciou nesta quarta-feira, 1º, o lançamento do conceito ?Mobile Broadband?, que embute uma solução que pretende personificar a convergência dos meios ? banda larga móvel, aparelho e notebooks ? e aumentar a receita média do assinante das operadoras móveis. A idéia, segundo Andersen, é aproveitar a extensa cobertura de banda larga móvel (60 milhões de pessoas estão na área coberta pela rede GPRS da TIM, Claro e Oi, por exemplo, ao passo que os acessos fixos de banda larga devem chegar próximos dos 2 milhões até o fim deste ano) e oferecer o acesso de alta velocidade móvel como alternativa aos usuários.
Segmento nobre
O objetivo mais explícito é chegar ao segmento mais abastado da telefonia celular. Segundo Andersen, esse segmento representa 10% da base total móvel, ou cerca de 6,5 milhões de usuários. Esses assinantes poderão migrar seus acessos de banda larga fixa para acessos de alta velocidade móveis. O custo, segundo o executivo, é de cerca de US$ 80/mensais (preço praticado pelas operadoras Verizon e Cingular, dos EUA), para uma conexão ilimitada. Até agora, a Ericsson fechou 25 contratos em todo o mundo para o fornecimento da solução de banda larga móvel que converge esses diversos meios. No Brasil, a fabricante forneceu 7,5 mil ERBs, das quais 6 mil têm o padrão EDGE.
