A Secretaria de Educação de Minas Gerais está investindo R$ 3,4 milhões neste ano no programa de ensino à distância, com recursos provenientes da cota do salário-educação (recolhimento feito junto às empresas privadas), e em outubro realiza um pregão reverso para adquirir 2.226 kits para 371 escolas públicas do Estado. Cada kit, com um servidor e cinco terminais, está avaliado em cerca de R$ 8 mil. Para financiar a compra, a diretora de tecnologias aplicadas à educação do Estado, Beatriz Costa, diz que a secretaria está fazendo um levantamento de outras áreas da pasta que não utilizaram toda a verba que receberam este ano, para redirecionar o valor.
Segundo a diretora, 12 mil professores de Minas estão inscritos no programa Veredas, para formação à distância. Ela destaca que do total dos professores da rede pública no Estado, 60% nunca acessaram a internet. A secretaria agora faz um esforço para que os educadores comecem a ter contato com a tecnologia e possam utilizá-la para a própria formação e depois como recurso pedagógico junto aos seus alunos.
Convênio com Telemar
Por meio do Governo Eletrônico ? Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), Minas inseriu 206 escolas no programa de ensino à distância até setembro do ano passado, para atender a municípios com menor índice de cobertura de telecomunicação; e em dezembro foram incluídas 84 escolas pertencentes a municípios que fazem parte do programa Fome Zero. Agora, a secretaria tem um convênio com Fundação Telemar, pelo qual, nesta primeira fase, 706 escolas recebem a conexão banda larga Velox, sem ônus, durante um ano. ?Depois disto, não sei como pagar?, lamenta a diretora. Ela espera que até lá consiga obter os recursos necessários para pagar o serviço – uma saída seria a liberação do Fust.
Segundo a diretora, 757 mil alunos já têm contato com internet. Atualmente, estão incluídos no programa 77% da população mineira, 25,4% das escolas e 73% dos alunos.
Beatriz Costa participou nesta quarta do Seminário Satélite 2004, que prossegue até amanhã, em São Paulo.