A Embratel tem consciência de que as concessionárias locais pressionarão o governo com sugestões de modificações no texto do decreto sobre a política para o setor de telecomunicações, mas acredita que o Minicom não cederá. ?A proposta apresentada pelo ministro tem o objetivo de gerar benefício social e não tenho dúvida de que este é o principal desejo do governo. Seria incompatível recuar?, comentou José Roberto Pinto, diretor de regulamentação da Embratel.
O executivo classificou como ?excelente? o diagnóstico feito pelo Minicom da conjuntura do setor de telecomunicações brasileiro e disse que todas as medidas propostas no texto do decreto são em favor da competição e, consequentemente, do usuário. ?Qualquer reação das operadoras locais demonstrará que a proposta está no caminho certo?, afirmou o diretor.
Ele aproveitou para contestar a argumentação de que a telefonia celular estaria competindo com a telefonia local. ?As tarifas locais aumentaram muito acima da inflação nos últimos quatro anos. Não há competição?, disse.
Unbundling
A expectativa da Embratel é de que até o fim deste ano se torne realidade a desagregação de redes com preços calculados sobre custos incrementais de longo prazo, como previsto no texto do decreto. Da mesma forma, a operadora espera que o número de áreas locais seja reduzido até dezembro.