A Brasil Telecom (BrT) planeja lançar este ano um plano alternativo que inclua no mesmo pacote minutos de telefonia fixa e de telefonia móvel para clientes pós-pagos. O objetivo é tentar reverter a redução da base pós-paga em sua operação móvel. Do final de março ao final de junho, a base pós-paga da BrT diminuiu de 967 mil para 890 mil clientes. A base pré-paga, por sua vez, subiu de 2,67 milhões para 2,88 milhões de usuários.
Um dos motivos para a redução de pós-pagos foi uma desconexão extraordinária, em junho, de 95,3 mil linhas pós-pagas que não geravam mais receita para a companhia. Também foram desconectadas, por decisão da operadora, 86 mil linhas pré-pagas pela mesma razão em junho. Somando essas desconexões aos cancelamentos feitos pelos próprios clientes, o total de cancelamentos no segundo trimestre foi de 493 mil linhas ? 165% a mais que no primeiro trimestre, e 141% a mais que no mesmo período do ano passado. Por conta disso, o churn anualizado da companhia subiu drasticamente no trimestre, alcançando 53,3%. Segundo o diretor de finanças e de relações com os investidores da BrT, Paulo Narcélio do Amaral, o churn anualizado deve voltar a patamares de 30% até o fim de 2007. De acordo com o executivo, a desconexão das linhas inadimplentes terá reflexo positivo na Arpu a partir do terceiro trimestre.
Merece destaque no balanço da operação móvel a redução no custo de aquisição do cliente (SAC, na sigla em inglês). Do segundo trimestre de 2006 para o segundo trimestre de 2007, esse custo caiu de R$ 152 para R$ 89,7. Desse total, cerca de 40% se deve a subsídio de aparelhos, informou Amaral.
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