PPPs defendem manutenção integral de 6 GHz para uso não licenciado

Cristiane Corrêa
Foto: TV Câmara/Reprodução

A destinação da faixa de 6 GHz no Brasil foi tema de uma reunião conjunta na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira, 30. Novamente, as entidades que representam provedores regionais do mercado de telecomunicações defenderam a importância dos 1.200 MHz da faixa destinados em sua integralidade para o uso não licenciado.

A líder do conselho da Abrint, Cristiane Sanches, destacou em sua apresentação que o uso de toda a totalidade da faixa está atrelado ao uso eficiente em ambiente outdoor. "Nós temos um risco de fragmentação global significativo se toda a faixa de 1.200MHz não for atrelada ao uso não licenciado", defende. Sanches declarou ainda que a destinação de toda a faixa, "dá segurança jurídica, como também é uma maneira clássica de democratizar o espectro".

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Aníbal Diniz, que participou da reunião representando o presidente da Associação Neo, Rodrigo Schuch, afirmou que a decisão da Anatel pela aprovação para o uso externo do WiFi 6E na integralidade da faixa de 6 GHz foi uma decisão acertada. Para ele, há argumentos de diferentes ordens que corroboram a ideia, tanto de ordem competitiva, quanto no que diz respeito ao incentivo à indústria nacional e à evolução tecnológica. 

"A grande evolução que aconteceu no setor de telecomunicações nos últimos dez anos foi a democratização da expansão da banda larga fixa, a partir dos prestadores regionais, dos prestadores de pequeno porte. Esses prestadores, ao levarem a expansão da da banda larga fixa, conseguiram mudar radicalmente o nível de acessibilidade à Internet no Brasil. É a partir das suas intervenções, e do WiFi, que dialoga diretamente com a banda larga fixa, que foi possível a experiência da banda larga fixa na realidade", ressaltou Diniz. 

Já o presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), Luiz Henrique Barbosa da Silva, seguiu manifestação que teve como rumo o fomento à competição.

Ele se posicionou firmemente como crente na "agenda dentro da agência (Anatel) de regular a competição, de olhar o uso eficiente do espectro". "A gente tem uma proposta de regulamento de uso de espectro, tem o plano de metas de competição, então tem uma agenda de mercado e de uso em caráter secundário. E, mais do que tudo, uso eficiente do espectro, que é um bem público". 

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