Unidade da Oi para o segmento corporativo (B2B) e principal ativo da empresa após a venda da base de clientes de fibra, a Oi Soluções foi responsável por uma receita líquida de R$ 2,281 bilhões em 2023, apontou o balanço da operadora.
Em teleconferência sobre os resultados nesta quinta-feira, 28, o CEO da Oi, Mateus Bandeira, foi direto sobre o papel da Oi Soluções no futuro da empresa após as novas vendas de ativos. "O que fica principalmente é a operação de B2B, a Oi Soluções, e nossa participação na V.tal. Mas a nossa operação remanescente será a de B2B", indicou.
Em 2023, a receita da divisão B2B recuou 2,5%. No quarto trimestre, o recuo contra igual período em um ano era de 9,3%. As quedas são atribuídas ao declínio acelerado dos serviços tradicionais de telecom para o segmento corporativo, sobretudo os ainda baseados na rede de cobre. A Oi tem apostado na migração para soluções digitais e baseadas em fibra.
Vice-presidente de estratégia e transformação da Oi, Rogerio Takayanagi detalhou a proposta. "Temos rapidamente substituído [serviços em cobre] pela tecnologia de fibra e por novos produtos digitais, como solução de PABX virtual. A receita de TIC já corresponde a 32% da Oi Soluções em 2023, alta de sete pontos percentuais frente a 2022".
De fato, o negócio classificado pela empresa como TIC gerou R$ 678 milhões em 2023, crescimento de 29%. Sem divulgar valores por serviços, a Oi diz que teve crescimento de 87% na receita de cloud em uma comparação entre quartos trimestres; e de 23% na receita de segurança cibernética.
Já a telecom tradicional ainda foi responsável por 53% da receita Oi Soluções em 2023. A queda com os serviços no ano foi de 8,9%, refletindo momento comercial de desafios visto também no varejo. A divisão B2B ainda tem R$ 393 milhões em receitas de serviços descontinuados do portfólio, mas com contratos ativos.
Banda Larga
Hoje o principal negócio da Oi é o Oi Fibra, responsável por R$ 4,4 bilhões líquidos em 2023 e com o dobro do tamanho da Oi Soluções. A base de clientes vai ser objeto de um processo regionalizado de venda, com expectativa de R$ 7,3 bilhões que ajudem a suportar o novo plano de reestruturação da companhia.
A receita da operação de banda larga chegou a crescer 10,5% em 2023, mas em ritmo que já havia caído para 1,9% no quarto trimestre do ano passado. Nestes últimos três meses, a empresa teve perda de clientes, na casa dos 8 mil. O serviço tem 4 milhões de clientes em 296 cidades.
Segundo Takayanagi, uma retomada das adições líquidas é esperada já neste primeiro trimestre de 2024. "A atividade comercial já apresentou melhora, impulsionada por campanhas como o Big Brother, que melhoraram a percepção da marca e conduziram melhor desempenho de adições brutas. Esses fatores combinados com maior eficiência do processo de vendas devem resultar em adições líquidas positivas a partir deste trimestre", projetou o VP da Oi.
Takayanagi também afirmou a analistas que as desconexões do fim do ano passado hoje são principalmente por churn, bastante concentrado no churn involuntário (causado inadimplência).
Ainda de acordo com o executivo, a empresa vai priorizar crescimento nas áreas com cobertura existente e adaptar a abordagem de forma regional, ajustando preços, canais e estratégias de comunicação para os requisitos de cada região.
Sobre margens, o VP argumentou que a Oi ainda está em transição para o modelo baseado em redes neutras e que um avanço no indicador depende de obtenção de escala (não só pela Oi, mas sobretudo pela V.tal), com possível diminuição de custos fixos. A Oi já buscou margem de 15% para a operação, mas deixou a meta no ano passado, trabalhando com valores menores para o curto prazo.
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