Embratel conclui reestruturação de dívida

A Embratel comunicou ao mercado na noite da última quinta, 27, a conclusão do processo de rolagem de uma parcela de cerca de US$ 750 milhões de sua dívida que vencia ao longo dos próximos 15 meses. Os 25 credores, a maioria bancos estrangeiros, concordaram em estender os prazos de pagamento para o segundo semestre de 2004 e ao longo de 2005. Em troca, a Embratel se dispôs a pagar 10% do total nas datas de vencimento originais e ofereceu como garantia a receita futura oriunda da prestação de serviços a alguns de seus melhores clientes corporativos. Os nomes desses clientes, entretanto, não foram revelados.
Além disso, foi dada aos credores a opção de converter para reais, nas datas originais dos vencimentos, os empréstimos em moeda estrangeira. Neste caso, os juros da dívida convertida serão: CDI + 4% ao ano. A dívida em dólares e em ienes tem juros de libor + 4% ao ano.

Ganho de tempo

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Na opinião de analistas do mercado, a rolagem da dívida permite que a Embratel respire aliviada ao longo deste ano, mas não resolve em definitivo os problemas da empresa. ?Ela conseguiu ganhar tempo. Talvez esteja apostando na receita de telefonia local para melhorar suas finanças a médio e longo prazo?, comenta um analista. ?O problema da Embratel não se resume ao endividamento. Ela tem dificuldades operacionais. O custo de interconexão é muito alto. Consequentemente, sua margem de EBITDA é baixa se comparada com as de outras teles?, explica André Querne, analista da Máxima Asset Management.
Para o mercado, a renegociação da dívida pode ser um primeiro passo para que a Embratel seja vendida. Com a prorrogação dos prazos de pagamento, a companhia se torna mais atraente para possíveis compradores.

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